quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Governo direitista espanhol reprime manifestantes


FONTE: www.vermelho.org.br



Sessenta e quatro feridos e 35 presos foi o saldo da repressão perpetrada nesta terça-feira (25) pela policia espanhola contra milhares de pessoas que protestavam diante do Parlamento, em repúdio aos cortes impostos pelo governo direitista de Mariano Rajoy. A polícia atacou com dureza os manifestantes que tentaram ingressar na área do Congresso dos Deputados, em pleno centro de Madri.


Os manifestantes lotaram a Praça Netuno, a poucos metros da Câmara baixa protegida desde o começo do dia por mais de mil policiais diante da convocação de organizações populares para realizar uma mobilização de "desobediência civil não violenta".

Como resultado da violenta repressão policial, ao menos 35 pessoas foram presas.

Sob a palavra de ordem “Cercar o Congresso, os organizadores mobilização conclamaram o povo a cercar a sede do Parlamento com três marchas simultâneas que confluíram nas praças da Porta dol Sol, Netuno e Cibeles.

O plano desses coletivos era fazer coincidir seu descontentamento com as severas medidas de ajuste do governo direitista do Partido Popular com a realização da sessão plenária do Parlamento desta terça-feira.

A partir dos três locais mencionados, os manifestantes tentaram chegar a pé até a Câmara para exigir o início de um novo processo constituinte, ao considerar que a atual Carta Magna de 1978 já cumpriu seu ciclo.

Não temos nenhuma pretensão de ocupar o Congresso, mas de no manifestarmos em torno dele, diz um comunicado dos coordenadores do protesto.

Através das redes sociais na Internet, os movimentos sociais exigem a demissão do governo de Rajoy e o início de um processo constituinte.

Os manifestantes sublinham que pretendem resgatar de maneira simbólica a sede da soberania espanhola, ou seja, o Parlamento, por ser vítima de um sequestro levado a cabo pelos mercados financeiros com a colaboração da maioria dos partidos políticos.

A democracia está sequestrada e sujeita aos ditames da troika (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu), por isso é necessário resgatá-la, diz um manifesto.

Com palavras de ordem por mais educação e menos repressão policial, e outras propondo a demissão do governo, cerca de seis mil pessoas permaneceram durante a noite concentradas nas imediações do Parlamento.

Há exatamente 10 dias, Madri foi epicentro de uma grande manifestação que exigiu que o governo de Rajoy submeta a uma consulta popular seus drásticos cortes do gasto público, em particular em setores tão sensíveis como a educação e a saúde.

Prensa Latina

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