quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Atirador norueguês é declarado insano por especialistas


Fonte: www.dw-world.de


Mesmo se escapar da cadeia, Anders Behring Breivik, responsável pela morte de 77 pessoas em dois ataques armados, deverá passar o resto da vida numa instituição psiquiátrica de alta segurança

Breivik em foto recente


A equipe de psiquiatras encarregada de se pronunciar sobre a responsabilidade penal de Anders Behring Breivik concluiu que o autor dos ataques de 22 de julho na Noruega é psicótico, anunciou nesta terça-feira (29/11) a Procuradoria norueguesa. 
O extremista de direita desenvolveu ao longo do tempo uma esquizofrenia paranoide, declarou o procurador Svein Holden, citando as conclusões de um relatório entregue por dois psiquiatras.
Diante disso, Breivik deve escapar da cadeia, mas pode vir a ser internado num estabelecimento psiquiátrico de alta segurança caso venha a ser condenado. Seu julgamento está marcado para abril. Breivik assumiu a autoria dos dois atentados que mataram 77 pessoas na Noruega.
"Se a conclusão final é que Breivik é legalmente irresponsável, pediremos ao tribunal para que receba tratamento mental obrigatório", declarou a procuradora Inga Bejer Engh, precisando que o tratamento poderá durar o resto da vida.
O relatório divulgado nesta terça-feira será avaliado por um painel da Comissão Norueguesa de Medicina Forense, que poderá solicitar informações adicionais e acrescentar a sua própria opinião. O chefe da comissão declarara em julho à agência de notícias AP que dificilmente Breivik seria considerado insano, já que os ataques foram cuidadosamente planejados e executados.
O porta-voz de um grupo de apoio a sobreviventes dos atentados disse que é fundamental que Breivik passe o resto da vida na cadeia. "Para nós, o principal é que ele jamais saia. Não é tão importante se ele está na prisão ou no hospital", declarou John Hestnes aos jornal VG.
AS/lusa/dpa/ap/afp
Revisão: Carlos Albuquerque

Acreditem, juízes do trabalho, com salário inicial de R$ 21,7 mil, entram em greve


Parece piada, mas os juízes do trabalho, que têm salário inicial de R$ 21.700,00, fazem uma greve relâmpago de um dia para reclamar da “desvalorização na carreira”.
Isso mesmo….DESVALORIZAÇÃO NA CARREIRA.
O que dizer de um pobre professor que ganha em alguns casos menos de R$ 1 mil, e que tem suas greves julgados como ilegais pelos mesmos juízes que reclamam de desvalorização na carreira e ganham inicialmente 22 vezes mais. Ou ainda dos profissionais de saúde, que trabalham em condições absurdas nos hospitais e ganham menos de R$ 2 mil.
Talvez os juízes queiram aumentar os parcos vencimentos. Ou será que estão chateados com o fato de terem APENAS 60 dias de férias, enquanto os pobres mortais têm apenas 30 dias.
A revolta deles é porque Dilma resolveu peitar essa turma, não aumentando o orçamento deles. É preciso reconhecer que a Presidente teve coragem para isso.
Não precisa de mais comentários. O fato fala por si.
É a Justiça Pindorâmica.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um mundo hipócrita e perigoso


ESCRITO POR WLADIMIR POMAR   
SÁBADO, 26 DE NOVEMBRO DE 2011


A situação mundial está se tornando cada vez mais hipócrita e perigosa. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam seu poder de emissão monetária para desvalorizar artificialmente sua moeda e dar maior competitividade aos produtos de suas indústrias. Ao mesmo tempo, sem pudor algum, exigem que a China e outros países valorizem suas moedas em relação ao dólar, insinuando a possibilidade de guerras comerciais e outros tipos de retaliação.

A OTAN destruiu toda a infra-estrutura da Líbia para garantir a vitória de seus aliados internos contra Kadafi, apesar das atrocidades que as forças desses aliados cometeram contra minorias étnicas e desafetos políticos. Agora, a OTAN saúda o novo governo provisório por estar implantando a democracia, sobre a qual não existem dados concretos, ao mesmo tempo em que oferece financiamentos para reconstruir o país que ela própria destruiu.

A Liga Árabe decidiu punir a Síria pela repressão militar contra os opositores ao governo e pela falta de democracia no país. Mas não deixa de ser uma demonstração de desfaçatez que reis, emires e potentados de países árabes, aliados dos Estados Unidos e de países europeus, defendam a democracia na Síria, ao mesmo tempo em que mantêm seus próprios povos sob o tacão de ditaduras que não admitem sequer a existência de opositores.

Na mesma linha de pressões articuladas contra o governo sírio, os Estados Unidos e vários países europeus prometem novas medidas de retaliação, ao mesmo tempo em que nada diziam sobre o Iêmen, nem sobre as ações evasivas dos militares egípcios. A democracia e os direitos humanos se tornaram apenas armas ofensivas contra os desafetos, enquanto sequer devem ser mencionadas quando tratam de aliados, ou mesmo de situações internas. A proibição dos movimentos de “ocupação” nos Estados Unidos, a pretexto de que ameaçam a segurança nacional, é o exemplo mais recente da funcionalidade unilateral dessas bandeiras políticas.

Os Estados Unidos e Israel, por sua vez, continuam articulando medidas de retaliação contra o Irã, a pretexto de que esse país está se preparando para produzir a bomba atômica. A sabotagem contra instalações iranianas, provavelmente praticada pelo serviço secreto de Israel, o Mossad, segundo diferentes fontes de informação, mostra o grau de perigo a que tais medidas chegaram, colocando o mundo diante do imponderável.

A hipocrisia dos Estados Unidos e de Israel, no caso, é emblemática. Ambos não são contra a existência de armas atômicas, já que os dois as têm, embora Israel não diga nem que sim, nem que não. Ambos também não se propõem a um acordo mundial de proibição total dessas armas de destruição em massa, o que significaria o desmantelamento de seus arsenais atômicos, e também os da Rússia, China e França. Eles simplesmente são contra sua posse por outros países, em especial se tais países fazem parte dos inimigos declarados, como Irã e Coréia do Norte.

Se juntarmos a esses fatos a situação problemática da Palestina, o aprofundamento da crise econômica nos Estados Unidos e na zona do euro, o ressurgimento de movimentos neonazistas na Europa, a repressão contra os imigrantes nos países capitalistas em crise, as guerras inacabadas no Afeganistão e no Iraque, a persistência de ações terroristas, de fundamentalistas não só islâmicos, mas também de outras confissões religiosas, podemos concluir que o mundo parece haver ingressado naqueles tipos de hipocrisia e perigo que antecederam as duas grandes guerras mundiais.

É evidente que também há sinais crescentes de que os povos dos países desenvolvidos voltam a despertar e a lutar, inclusive nos Estados Unidos. O crescimento e o aprofundamento dessas lutas talvez sejam os principais antídotos para desmascarar a hipocrisia reinante e superar os perigos existentes. Embora no momento elas ainda estejam restritas à indignação contra os políticos e contra o sistema financeiro, essa ainda é a melhor escola de aprendizado.

Wladimir Pomar é escritor e analista político.

Um grande desastre começa com uma desatenção mínima


O portal
Vermelho
entrevistou o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, sobre o vazamento causado pela Chevron no Campo de Frade. Lima expôs os bastidores dos esforços conjuntos para solucionar o problema, rebatendo especulações da mídia e as reiteradas mentiras da petrolífera com "fatos e objetividade".

Por Christiane Marcondes
Diferentemente, o presidente da Chevron para África e América Latina, Ali Moshiri, foi estrategicamente subjetivo ao dizer que a empresa ficou “magoada” com a decisão da ANP de suspender as atividades de perfuração da companhia no país. Alegou que a empresa já atua há 100 anos no Brasil, como se esse período representasse uma longa amizade e não a lucratividade de bilhões de dólares que a Chevron contabilizou.

A verdade é que, em todo o desenrolar do acidente e sua investigação, a petrolífera norte-americana apelou para o sentimentalismo, por exemplo, ao “culpar” a natureza pelo incidente. Ou ao pedir “perdão” ao povo brasileiro enquanto continuava a sustentar mentiras e omissões, inclusive em auditoria pública. A imprensa, por seu lado, relegou o acidente ao noticiário periférico até que ele se tornasse grave o bastante para virar escândalo no conhecido e leviano espetáculo midiático.

O governo brasileiro, no entanto, foi firme e agiu com rigor e eficiência, segundo Lima, que esclarece todas as dúvidas e acusações que ainda rondam esta tragédia, tornando ainda mais complicado o enfrentamento e resolução do acidente. Entenda aqui o que houve, o que foi feito e quais as responsabilidades e tarefas cabíveis a cada um dos atores desse episódio.

Vermelho – André Ordacgy, defensor público federal, declarou à Carta Maior que o “acidente deixou claro como as autoridades competentes estão despreparadas, de ponto de vista de sua estrutura, para lidar com esse tipo de situação”. Acrescentou ainda que “se a ANP não tem verba suficiente para se estruturar, que no mínimo tivesse o poder legal de requisitar o equipamento alheio em casos emergenciais”. Faltam verba ou qualificação técnica para a ANP enfrentar um desastre como esse?
Haroldo Lima - A ANP pode não estar totalmente preparada, mas está muito bem preparada para executar sua tarefa, que é a de garantir a segurança operacional. Nós trabalhamos para evitar o acidente, mas quando ele ocorre e há contaminação, por exemplo, então já entra na competência do Ministério do Meio Ambiente, que precisa se articular com a Marinha, o Ibama, a própria ANP e talvez outros parceiros para resolver o problema e apurar responsabilidades. Com relação a nossa função específica, somos uma das agências melhor aparelhadas do mundo, tanto sob o ponto de vista conceitual como prático. Nós atuamos segundo a resolução 43, que foi publicada em 2007, mas começou a ser construída em 2001. Nessa data, de fato, o país não saberia lidar com um incidente desses, não tinha condições técnicas. Mas, em 2004, nós constituímos a Coordenação de Segurança Nacional e a Coordenação do Meio Ambiente, que representaram um enorme avanço para o setor.

Por meio delas, passamos a desenvolver diversas articulações nacionais e internacionais com o objetivo de conseguir informações minuciosas, conversamos e visitamos cerca de oito a dez petrolíferas, recolhendo valiosas contribuições para a redação da Resolução 43. Ouvimos a Petrobras, no Brasil, e algumas das maiores petrolíferas do mundo antes de elaborarmos nossas normas de procedimento. Depois de passar por consulta e audiência pública, a nossa proposta foi publicada em 2007. São 40 páginas que especificam a segurança das operações marítimas, definem os mecanismos pelos quais a ANP se pauta para garantir a segurança de suas operações.

Vermelho
 – Como vocês definiram os critérios de avaliação?
HL – Existem dois caminhos para estabelecer a política procedimental, nós tivemos que escolher um deles. Temos uma rotina de procedimentos para autorizar e fiscalizar as operações. Analisamos riscos e avaliamos as medidas que a empresa diz estar apta a adotar para enfrentar esses riscos. Isto é diferente de outra corrente, que prefere determinar de antemão qual equipamento vai ser usado e onde no caso de acidente. Esta proposta não contempla os avanços da tecnologia, o equipamento que hoje resolve determinado problema pode estar superado amanhã. Não nos prendemos a isso, mas à inovação em procedimentos, estamos sempre acompanhando a evolução nesse campo. Os equipamentos serão definidos de acordo com o que a tecnologia puder nos oferecer de melhor, quando a situação se apresentar.

Vermelho – Isto tudo consta da Resolução 43. Foi por meio dela também que a Chevron foi avaliada como operadora da categoria A?
HL – Não. Nós fazemos esta qualificação, mas é outro processo. A Resolução 43 está ligada à autorização e fiscalização, ou seja, à segurança operacional. Seja uma empresa categorizada como A, B ou C, ela tem que atender às normas exigidas pela Resolução 43 ou não poderá operar. Para uma empresa começar a perfurar poços, ela precisa primeiro de uma licença ambiental, que é dada pelo Ibama. A licença vale para atuação na área específica para a qual a empresa apresentou seu plano emergencial, portanto é restrita. E ela tem que ter o aval também da Marinha, que inspeciona plataformas, embarcações, enfim toda a estrutura e a sua estabilidade.

Vermelho – Qual foi a real extensão do vazamento da Chevron? Há números diferentes.HL - Pelo nosso cálculo, houve o escapamento de cerca de 3200 barris, no pico, dia 11, pode ter escapado algo em torno de 500 ou 600 barris, em seguida caiu. Na média, vazaram cerca de 330 barris/dia. Não é um acidente de grandes proporções, mas é grave.
Vermelho – Vocês começaram a intervenção 48 horas depois do acidente, e com informações incorretas. Como isso repercutiu no trabalho?
HL – As informações (por parte da Chevron) foram evitadas e mascaradas. Havia dezenas de horas de gravação das escavações, mas eles só nos encaminharam alguns minutos, alegando que aquelas eram as partes mais importantes. Só que quem define as partes mais importantes somos nós... Nós é que dizemos o que é importante pra nós, para a defesa do meio ambiente.

Vermelho – Para a ANP, eles justificaram dessa forma, na mídia, declararam que não tinham uma banda larga que desse suporte ao envio do material na íntegra...HL – Pois é, disseram isso também. Há várias coisas que ficamos sabendo pela imprensa, mas não foram relatadas desse modo para nós.

Vermelho
 – O fato de a Chevron atribuir a culpa do acidente à natureza, por exemplo...
HL - Acidente da natureza nem pensar. Não tem cabimento. Diante da ANP, eles assumiram a responsabilidade desde o início. Foi um erro técnico, conforme apuramos depois. Há a questão da falha geológica, alardeada na empresa, mas sempre há falhas geológicas ou um conjunto delas em qualquer avaliação sísmica. Se havia essa falha geológica, e isso já havia sido reportado no relatório sísmico, eles tinham que ter se prevenido. Deveriam ter estudado o impacto de uma perfuração próxima à falha, este é o procedimento normal. Mas, com ou sem falha, o vazamento ocorreu de fato foi no poço, em decorrência de desequilíbrio de pressões. O óleo vazou e depois caiu na falha geológica -- que estava distante 150 quilômetros do local do acidente -- desembocando no solo marítimo. Portanto a falha foi veículo para o óleo se espalhar, mas não causa do vazamento. Para nós, eles nunca usaram esta alegação, lemos sobre isso na imprensa. A Chevron nunca usou esse argumento conosco.

Vermelho – Por falar em argumentos da Chevron, o defensor público federal criticou também o fato de que a Chevron é, ao mesmo tempo, protagonista e testemunha dos fatos. Literalmente, em entrevista à Carta Maior, Ordacgy declarou: “Espera-se, em último caso, que a Chevron produza prova contra ela mesma. Isso é complicado. O ideal seria não ter que depender da empresa”. A investigação depende do que a Chevron apresentar?

HL - Isso não é verdade, independente de Chevron, nós sobrevoamos inúmeras vezes o local, fizemos nossas próprias gravações da mancha de óleo, fomos à plataforma, temos nossos registros consolidados, ainda que eles tenham evitado nosso acesso à integra das imagens da perfuração.

Vermelho
 – O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou em caráter de urgência, a pedido do Ministro Raimundo Carreiro, segundo a Agência Brasil, que os técnicos do tribunal realizem auditoria para apurar eventuais responsabilidades da ANP e da Petrobras no acidente. Como o senhor vê essa auditoria?HL – Eu não estou sabendo disso, é você que está me contando, pelo menos até agora não fomos notificados. Mas eu, pessoalmente, acho que o TCU não tem que examinar nossos procedimentos. Os fatos técnicos que envolvem o vazamento não estão sobre a égide do TCU, mas, sim, as contas relacionadas ao incidente. Não acho essa ação oportuna num momento em que estamos numa luta tenaz contra a segunda maior empresa petrolífera do planeta. Isso pode influenciar a opinião pública e dar à sociedade a impressão de que a ANP e Petrobras podem ter alguma culpa. E não têm! A Chevron assumiu essa culpa integralmente, diante da ANP, desde o início.

Vermelho – E a Transocean, parceira da Chevron no local do acidente?
HL –A Chevron declarou que a Transocean não tem nenhuma responsabilidade. Mas essa empresa estava presente no Golfo do México, quando houve o vazamento, e agora ela está aqui. Opera largamente no mercado, inclusive como parceira da Petrobras.

Vermelho – Uma operadora autorizada pode contratar uma terceira que não passe pelo crivo da ANP?HL - Não, não pode. Essa terceira, no caso, foi contratada só para um serviço, para operar uma sonda, operação que está prevista dentro de um projeto já aprovado pela Chevron na totalidade.

Vermelho – A Petrobras, que é sócia em 30% da Chevron no campo petrolífero onde ocorreu o acidente, declarou que não dividirá multas milionárias. A Petrobras terá que arcar com multas?
HL – Isso depende do contrato de sociedade. O comum nesses contratos é que as empresas associadas se responsabilizem pelo investimento na parte que lhes cabe. A participação nos prejuízos só ocorre se o contrato prever, é uma questão interempresarial.

Vermelho – Como é o plano de contingência, que entra em cena após o acidente? 
HL – Na hipótese de um acidente, o plano de contingência estabelece as tarefas de todo mundo que vai participar da ação. Consideramos que há três grandes agentes envolvidos na operação, o Ibama, a ANP, que representa o Ministério das Minas e Energia, e a Marinha, além da própria empresa e de outras que possam colaborar. O plano define como será formado o grupo e qual estratégia será usada na contenção do vazamento.

Vermelho - E quem coordena?
HL - O plano de contingência não existe formalmente. Esse é o problema. Esse vazamento traz a necessidade de retomar o plano, o que já havia sido considerado pelo governo brasileiro na ocasião do derramamento de óleo no Golfo do México, em 2010. Agora o Ministério do Meio Ambiente já decidiu retomar, criar uma sistemática, definir as partes, os equipamentos e as responsabilidades. No momento, a ANP participa do plano, mas não coordena.

Vermelho – Essa revisão do plano se torna mais urgente diante do pré-sal...
HL – Um acidente no pré-sal certamente trará danos maiores, temos que nos preparar.

Vermelho – Voltando à Chevron, ela solicitou permissão para explorar no pré-sal em outubro...HL – Eles pediram autorização, mas agora negamos tudo. No pré-sal, a Chevron enfrentaria problemas semelhantes e o acidente mostrou que a empresa não está preparada. Não temos garantia de segurança operacional. O que quero acentuar é que, em áreas profundas e superprofundas, a ANP está decidida a agir com o máximo rigor no sentido de evitar qualquer acidente, por isso impedimos que a Chevron perfure em qualquer parte do litoral. Não podemos aceitar que ocorram falhas ou negligência. A medida que tomamos -- de proibir a operação da Chevron no Brasil -- deve-se às falhas que identificamos na empresa e serve como sinalização para outras empresas de que o nosso rigor vai se acentuar ainda mais.

Vermelho – A ANP está implementando novas medidas, novas exigências?
HL – Esse é um processo sempre em curso e vai continuar. Utilizando os critérios da resolução, entre 2010 e 2011, interditamos o funcionamento de 10 plataformas. Esta iniciativa é insólita não só no Brasil, mas em todo o mundo. Suspendemos a produção de 85 mil barris por dia até que as plataformas se adequassem à resolução e pudessem voltar a operar. Sabemos que no Golfo do México, a agência norte-americana encontrou uma não conformidade na operadora e considerou que essa não conformidade era secundária. Deu no deu, na tragédia que todos acompanhamos pelos jornais. Não podemos tolerar uma tragédia como essa!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Grécia e Itália: a Grande Perversão



Para resolver a crise econômico-financeira da Grécia e da Itália foi constituído, por exigência do Banco Central Europeu, um governo só de técnicos sem a presença de qualquer político. Partiu-se da ilusão de que se trata de um problema econômico que deve ser resolvido economicamente. Quem só entende de economia acaba não entendendo sequer a economia. A crise não é de economia mal gerida, mas de ética e de humanidade. Estas tem a ver com a política. Por isso a primeira lição de um marxismo raso é entender que a economia não é parte da matemática e da estatística mas um capítulo da política. Grande parte da obra de Marx é dedicada à desmontagem da economia política do capital. Quando na Inglaterra ocorreu uma rise semelhante à atual e se criou um governo de técnicos Marx fez com ironia e deboche duras criticas pois previa um total fracasso como efetivamente ocorreu. Não se pode usar o veneno que criou a crise como remédio para curar a crise.
Chamaram para chefiar os respectivos governos da Grécia e da Itália gente que pertencia aos altos escalões dos bancos. Foram os bancos e as bolsas que provocaram a presente crise que quase afundou todo o sistema econômico. Esses senhores são como talibãs fundamentalistas: acreditam de boa fé nos dogmas do mercado livre e no jogo das bolsas. Em que lugar do universo se proclama o ideal do greed is good, em português, a cobiça é coisa boa? Como fazer de um vício (e digamos logo, de um pecado) uma virtude? Estes estão sentados em Wall Street de Nova York e na City de Londres. Não são raposas que guardam as galinhas mas as devoram. Com suas manipulações transferiram grande fortunas para poucas mãos. E quando estourou a crise foram socorridos com bilhões de dólares tirados dos trabalhadores e dos pensionistas. Barack Obama se mostrou fraco, inclinando-se mais a eles que à sociedade civil. Com os dinheiros recebidos continuaram a farra já que a prometida regulação dos mercados ficou letra morta. Milhões de pessoas vivem no desemprego e na precarização, especialmente jovens que estão enchendo as praças, indignados, contra a cobiça, a desigualdade social e a crueldade do capital.
Gente que tem a cabeça formada pelo catecismo do pensamento único neoliberal vai tirar a Grécia e a Itália do atoleiro? O que está ocorrendo é a sacrificação de toda uma sociedade no altar dos bancos e do sistema financeiro.
Já que a maioria dos economistas dos stablisment não pensam (nem precisam) vamos tentar entender a crise à luz de dois pensadores que no mesmo ano, 1944, nos EUA nos deram uma chave esclarecedora. O primeiro foi um filósofo e economista húngaro-canadense Karl Polanyi com sua clássica obra A Grande Transformação. Em que consiste? Consiste na ditadura da economia. Após a Segunda Guerra Mundial que ajudou a superar a grande Depressão de 1929, o capitalismo deu um golpe de mestre: anulou a política, mandou ao exílio a ética e impôs a ditadura da economia. A partir de agora não teremos como sempre houve uma sociedade com mercado mas uma sociedade somente de mercado. O econômico estrutura tudo e faz de tudo mercadoria sob a regência de uma cruel concorrência e de uma deslavada ganância. Esta transformação dilacerou os laços sociais e aprofundou o fosso entre ricos e pobres dentro de cada pais e no nível internacional.
O outro nome é de um filósofo da escola de Frankfurt, exilado nos EUA, Max Horkheimer que escreveu a Eclipse da razão (por português de 1976). Ai se dão as razões para a Grande Transformação de Polanyi que consistem fundamentalmente nisso: a razão já não se orienta mais pela busca da verdade e pelo sentido das coisas, mas foi seqüestrada pelo processo produtivo e rebaixada a uma função instrumental “transformada num simples mecanismo enfadonho de registrar fatos” Lamenta que “justiça, igualdade, felicidade, tolerância, por séculos julgadas inerentes à razão, perderam as suas raízes intelectuais”. Quando a sociedade eclipsa a razão, fica cega, perde o sentido de estar juntos e se vê atolada no pântano dos interesses individuais ou corporativos. É o que temos visto na atual crise. Os prêmios Nobel de economia, mas humanistas, Paul Krugman e Joseph Stiglitz repetidamente escreveram que os players de Wall Street deveriam estar da cadeia como ladrões e bandidos.
Agora na Grécia e na Itália a Grande Transformação ganhou outro nome: se chama a Grande Previsão. 

Sites parceiros progressistas e de esquerda


Márcio Amêndola
Jornalista, bacharel em História – USP, e Coordenador de Documentação Histórica do Instituto Socialismo e Democracia José Campos Barreto – Zequinha Barreto
Adital

Durante o 8º Encontro Nacional Fé e Política, "Em Busca da Sociedade do Bem Viver”, realizado na cidade de Embu das Artes, a Mesa da Plenária Temática 16 – "Meios de Comunicação Social: Controle e Democratização”, suscitou uma questão relacionada ao acesso às notícias e opiniões do ponto de vista popular e democrático, acesso este não proporcionado pelos meios de comunicação de massa e grandes portais da Internet. Esta visão do ponto de vista da elite econômica e social, por muito tempo, foi a única possível de ser ‘consumida’ pelo povo, incluindo os representantes dos movimentos sociais.
Hoje, com o acesso às novas mídias, particularmente a eletrônica, muitos jornalistas, organizações sociais e populares puderem colocar suas vozes, por meio de textos, vídeos, fotos, à disposição de uma gama cada vez maior e mais considerável de movimentos e pessoas interessadas em romper a barreira do ‘pensamento único’. Centenas de Blogs e Sites agora expressam no mundo virtual estes novos saberes e informações, que podem ser compartilhadas pelos que até então não tinham vez e voz.
Como contribuição a este rico processo, apresentei aos participantes da Mesa sobre comunicações, alguns exemplos de comunicadores progressistas e de Esquerda que servem como fontes extremamente úteis, de agências, sites e jornais eletrônicos que mantém conteúdos livres (os chamados copylefts – que podem ser copiados sem pagamento de direitos autorais). Estes sites produzem conteúdos livres que fogem do senso comum e dos preconceitos do PIG (Partido da Imprensa Golpista) e dos interesses capitalistas dos grandes meios de comunicação.
Muitos blogs e sites progressistas defendem boas causas, como a Reforma Agrária, a Democratização dos meios de comunicação, as Rádios Comunitárias, etc., mas na hora de repassarem notícias, ficam publicando conteúdo pirateado da Folha de S. Paulo, da Veja, do Estadão, da Globo. Além de isto ser ilegal (pode dar processo por uso indevido de conteúdo protegido por Copyright - direitos exclusivos e reservados), na prática acabamos contribuindo para a reprodução do pensamento hegemônico, que criminaliza os movimentos sociais, que chama os sem-terra de "invasores" da propriedade privada, que ataca sistematicamente os governos democráticos e populares, que ataca a igreja progressista, enfim, que mesmo subliminarmente, ou escancaradamente (caso da Revista Veja) atacam os trabalhadores e seus interesses.
Para evitar 'revender' as ideias conservadoras, capitalistas e antipovo, sugerimos que os sites e blogs progressistas abasteçam-se de notícias livres nos muitos endereços existentes hoje na Internet, de companheiros jornalistas e/ou de diversos segmentos, dos movimentos populares, até setores independentes do poder judiciário. Fizemos uma lista inicial destes sites e blogs, cujo conteúdo pode ser reproduzido livre e legalmente. Vejam a listagem a seguir.
SITES E BLOGS PARA UMA NOVA PERSPECTIVA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO
http://www.brasildefato.com.br
(Jornal Brasil de Fato Online. Um dos mais importantes veículos de comunicação de esquerda no Brasil, tanto em sua versão impressa como na versão online. Seu lema: "Uma visão popular do Brasil e do Mundo". Conteúdo livre. O Jornal Brasil de Fato foi lançado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em 25 de janeiro de 2003. Por entender que, na luta por uma sociedade justa e fraterna, a democratização dos meios de comunicação é fundamental, movimentos sociais como o MST, a Via Campesina, a Consulta Popular e as pastorais sociais criaram o jornal Brasil de Fato, para contribuir no debate de idéias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país. Plural e diversificado, Brasil de Fato reúne jornalistas, articulistas e intelectuais do Brasil e do mundo.
http://agenciabrasil.ebc.com.br
(Portal Oficial do Governo Federal, com noticiário que não se limita às informações governamentais. Também fala dos grandes temas nacionais e internacionais. Tem editorias de Cidadania, Economia, Educação, Justiça, Meio ambiente, Internacional, Política, Saúde, Nacional, Esporte, Cultura, Pesquisa e Inovação. Conteúdo variado, amplo e livre de direitos autorais)
http://www.cartamaior.com.br
(Auto-intitulado, com justiça, como um dos maiores portais de esquerda, com notícias e artigos de opinião da maior qualidade. Entre os colaboradores do portal, nomes como os de Eduardo Galeano, Emir Sader, Leonardo Boff, Mauro Santayana, Gilberto Maringoni, Maria Inês Nassif, entre outros)
http://www.redebrasilatual.com.br
(Rede Brasil Atual - rede de comunicações dos trabalhadores, agência nacional de notícias e responsável pela Revista do Brasil. Conteúdo livre. Ligada à CUT - Central Única dos Trabalhadores)
http://www.radioagencianp.com.br
(Conteúdo livre em texto e áudio. Excelente ferramenta para Rádios Livres e Comunitárias, devido a seu foco maior na área, com entrevistas e reportagens gravadas para reprodução)
http://www.adital.com.br/site/index.asp?lang=PT&
(Adital - Agência de Informação Frei Tito para América Latina é uma agência de notícias que nasceu para levar a agenda social latino-americana e caribenha à mídia internacional. Quer estimular um jornalismo de cunho ético e social. Quer favorecer a integração e a solidariedade entre os povos. Desvenda para o mundo a dignidade dos que constroem cidadania. Dá visibilidade às ações libertadoras que o Deus da Vida faz brotar nos meios populares. Divulga o protagonismo dos atores sociais que são nossas fontes de informação e são democratizadores da comunicação)
http://www.outraspalavras.net
(Outras Palavras - Comunicação compartilhada e Pós-capitalismo – EM MUDANÇAS! Em torno dele existe um grupo de colaboradores, uma rede social e uma série de oficinas para formação em jornalismo colaborativo)
http://diplomatique.uol.com.br
(Nascido em 1954 na França, Le Monde Diplomatique é publicado em 25 idiomas e tem uma tiragem de 2,4 milhões de exemplares. Tornou-se também uma referência mundial para indivíduos, movimentos e organizações que buscam transformações sociais e humanas e discutem alternativas ao status quo. Suas páginas trazem à luz questões altamente relevantes, muitas vezes negligenciadas pela grande imprensa, contribuindo para a crítica ao pensamento único e para a construção de novos paradigmas)
http://www.vermelho.org.br
(Portal Vermelho. Vermelho é uma página mantida e gerida pela Associação Vermelho, entidade sem fins lucrativos, em convênio com o Partido Comunista do Brasil - PCdoB. Portal de Notícias de interesse do país, com viés de esquerda)
http://www.midiaindependente.org
(Centro de Mídia Independente. Conteúdo compartilhado por dezenas de jornalistas e colaboradores do Brasil e de outros países. Conteúdo livre, com muita combatividade e conteúdo diversificado. Cobre movimentos sociais com profundidade e competência. Aberto a novos colaboradores e participantes)
http://www.reporterbrasil.org.br
(Portal de Notícias sobre o mundo do trabalho. Missão principal da Repórter Brasil: Identificar e tornar públicas situações que ferem direitos trabalhistas e causam danos socioambientais no Brasil visando à mobilização de lideranças sociais, políticas e econômicas para a construção de uma sociedade de respeito aos direitos humanos, mais justa, igualitária e democrática. Conteúdo livre)
http://www.revistaforum.com.br
(A revista Fórum outro mundo em debate é uma publicação mensal, de circulação em bancas de todo país. Mantém a página RevistaForum.com.br que traz, além de sua versão eletrônica, notícias e conteúdos diários, com análises e informações mais quentes sobre eventos políticos, econômicos e sociais. Inspirada no Fórum Social Mundial, foi lançada com a cobertura do primeiro evento, realizado em janeiro de 2001 em Porto Alegre)
http://www.dieese.org.br
(O DIEESE, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, é uma criação do movimento sindical brasileiro. Foi fundado em 1955 para desenvolver pesquisas que fundamentassem as reivindicações dos trabalhadores. Ao longo de 50 anos de história, a instituição conquistou credibilidade, nacional e internacionalmente. Publica regularmente notícias sobre os direitos dos trabalhadores)
http://www.fepolitica.org.br
(O Movimento Nacional Fé e Política foi criado em junho de 1989, durante um encontro de pessoas unidas pela Fé cristã engajada nas lutas populares, com o objetivo de alimentar a dimensão ética e espiritual que deve animar a atividade política)
http://www.intervozes.org.br
(Coletivo Brasil de Comunicação Social. Em atividade desde 2002, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social é uma organização que trabalha pela efetivação do direito humano à comunicação no Brasil. Para o Intervozes, o direito à comunicação é indissociável do pleno exercício da cidadania e da democracia. Uma sociedade só pode ser chamada de democrática quando as diversas vozes, opiniões e culturas que a compõem têm espaço para se manifestar)
http://www.direitoacomunicacao.org.br
(Observatório do Direito à Comunicação - ligado ao Coletivo Intervozes. Em funcionamento desde fevereiro de 2007, o Observatório do Direito à Comunicação é um portal que produz informação e estimula o debate sobre a comunicação no Brasil. O projeto tem como objetivo central criar um ambiente de acompanhamento e reflexão sobre o campo da comunicação, entendendo esta como um direito humano)
http://passapalavra.info
(Passapalavra - portal de esquerda com notícias e opinião, a partir do Brasil e de Portugal. Jornal on-line do Coletivo Passa Palavra, um grupo de orientação anticapitalista, independente de partidos e demais poderes políticos e econômicos, formado por colaboradores de Portugal e do Brasil, cujo intuito maior é o de construir um espaço comunicacional que contribua para a articulação e a unificação prática das lutas sociais. Notícias, artigos opinativos, cartuns, denúncias, vídeos, áudios, debates e outros materiais informativos de produção própria, visando a construção de uma rede de solidariedade e colaboração entre todos aqueles que lutam contra as injustiças sociais)
http://www.mst.org.br
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - Informações e dados sobre as conquistas, realizações, esforços e projetos nas áreas de educação e produção, além de textos que revelam o reconhecimento da sociedade ao MST, com prêmios e homenagens em nível nacional e internacional. Notícias sobre Reforma Agrária e conflitos no campo, agronegócio, etc.)
http://amigosenff.org.br/site
(Portal Oficial da Escola Nacional Florestan Fernandes, um dos espaços mais importantes de formação intelectual e política de esquerda no Brasil. Todo o conteúdo produzido no site é livre para reprodução)
http://www.ajd.org.br
(Associação Juízes para a Democracia - A AJD realiza a defesa intransigente dos valores próprios do Estado Democrático de Direito, na defesa abrangente da dignidade da pessoa humana, na democratização interna do Judiciário - na organização e atuação jurisdicional - e no resgate do serviço público - como serviço ao público - inerente ao exercício do poder, que deve se pautar pela total transparência, permitindo sempre o controle do cidadão)
http://www.abong.org.br
(A Associação Brasileira de Organizações não Governamentais - ABONG, fundada em 10 de agosto de 1991, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, democrática, pluralista, antirracista e anti-sexista, que congrega organizações que lutam contra todas as formas de discriminação, de desigualdades, pela construção de modos sustentáveis de vida e pela radicalização da democracia)
http://portalctb.org.br/site
(Portal da Central dos Trabalhadores do Brasil - CTB. Notícias de interesse dos trabalhadores e dos movimentos sociais)
http://xocensura.wordpress.com
(Blog de um movimento pela liberdade de expressão, de ação, de pensamento, de vida. Acreditam que inclusão digital dará voz aos excluídos, um novo discurso, uma nova realidade levará a sociedade Brasileira a um entendimento sem precedentes da sua "camada oculta”)
http://www.conversaafiada.com.br
(Site do jornalista Paulo Henrique Amorim - opinião corrosiva contra o 'PIG' - Partido da Imprensa Golpista. Amorim é um dos mais ferrenhos combatentes contra o monopólio dos grandes grupos empresariais sobre os meios de comunicação social e defende o que chama 'Lei de Meios', ou seja, a regulamentação e controle social sobre os veículos de comunicação)
http://www.viomundo.com.br
(Site do correto jornalista Luiz Carlos Azenha, cujo lema é: "O que você não vê na mídia". Progressista, fonte confiável e livre de bom jornalismo, isento, crítico e equilibrado)
http://www.rodrigovianna.com.br
(Blog chamado 'O Escrevinhador', do competente jornalista Rodrigo Vianna. Excelente fonte de informação, crítico à grande imprensa e apoiador do campo progressista)
http://www.baraodeitarare.org.br
(Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé - Órgão de defesa dos blogs e sites independentes. Excelente espaço de ativismo de esquerda na Internet. Órgão responsável pelo surgimento dos Encontros Estaduais, Nacionais e Mundial de Blogueiros, este último ocorrido entre 27 e 29 de Outubro de 2011. Responsável pelo ativismo progressista na Internet)
http://www.ciranda.net
(Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada. A Ciranda nasce em 2001 como iniciativa colaborativa entre mídias e articulistas independentes. É um conceito surgido no primeiro FSM, como a primeira proposta de "comunicação compartilhada", e um lugar de convivência e ação entre jornalistas e comunicadores/as sociais que participam do universo do Fórum. Desde então tem sido espaço de diálogo comum e estimulador de novas experiências compartilhadas)
http://www.controversia.com.br
(Controvérsia. Portal de Opinião de esquerda. O CONTROVÉRSIA se propõe a ser um espaço de debates e discussões sobre questões contemporâneas através de materiais diversos que superem o senso comum e o pensamento único)
http://www.reid.org.br
(Revista Internacional de Direito e Cidadania - Conteúdo pode ser reproduzido. Publicação quadrimestral do Instituto de Estudos Direito e Cidadania -IEDC, impressa, mas totalmente disponível na internet)
http://www.desaparecidospoliticos.org.br
(O Centro de Documentação Eremias Delizoicov e a Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos organizaram e desenvolveram o site 'Desaparecidos Políticos'. O objetivo é divulgar as investigações sobre as mortes, a localização dos restos mortais das vítimas da ditadura e identificar os responsáveis pelos crimes de tortura, homicídio e ocultação dos cadáveres de dezenas de pessoas durante o período da ditadura militar no Brasil - 1964/85. Também divulga notícias sobre direitos humanos no Brasil e no mundo, particularmente na América Latina).
http://cumpra-se.org/quem-somos
(Blog da campanha "Cumpra-se!" sobre direitos humanos e a reparação às famílias de mortos e desaparecidos políticos no Brasil. Tem um excelente link para diversos órgãos ligados aos Direitos Humanos, com notícias e informações sobre o tema, legislação, etc.)
http://www.armazemmemoria.com.br
(Armazém Memória - O Armazém Memória é uma iniciativa de construção coletiva de um sítio na Internet, visando colaborar para o desenvolvimento de políticas públicas, que possam garantir ao cidadão brasileiro o acesso à sua memória histórica, através de Bibliotecas Públicas Virtuais. Busca reunir de forma digital; coleções de periódicos, depoimentos, livros, vídeos, áudios, artigos, documentos e imagens; obra de natureza histórica, jurídica e educativa, com foco nos direitos humanos)
http://www.dhnet.org.br
(DHnet - Rede de Direitos Humanos & Cultura é produto de um grupo de ativistas de direitos humanos, que no ano de 1994 iniciaram estudos sobre Direitos Humanos e Realidade Virtual. Em 1º de maio de 1995, dia do Trabalho e da entrada oficial do Brasil na INTERNET, foi colocado no "ar" o BBS Direitos Humanos & Cultura, que dois anos após, tornou-se a Rede DHnet, com os seguintes Macro-Temas: Direitos Humanos; Desejos Humanos; Cibercidadania; Memória Histórica; Educação & Direitos Humanos e Arte & Cultura)
http://www.institutojoaogoulart.org.br
(O Instituto Presidente João Goulart pretende estimular a pesquisa histórica e a reflexão sobre o processo político brasileiro, na esperança do resgate da memória de Jango, em prol da soberania na condução do Estado, pela independência da agenda pública e a preservação da cultura e dos bens nacionais)
http://www.zequinhabarreto.org.br
(Site do Instituto Socialismo e Democracia José Campos Barreto – O nome é uma homenagem a Zequinha Barreto, morto juntamente com o Capitão Lamarca, no sertão da Bahia, em 1971. O site divulga notícias em geral do interesse da esquerda popular e democrática. Também mantém um banco de dados sobre a história da resistência à ditadura (1964-1985), uma Biblioteca e uma DVDteca, com ênfase em História, Política e Ciências Sociais, junto ao Sindicato dos Químicos de Osasco-SP.
http://www. revistamissoes.org.br
(Site da Revista – A revista MISSÕES, editada pelos missionários e missionárias da Consolata no Brasil, é um meio de informação e formação que visa animar missionariamente a Igreja e a sociedade, oferecendo subsídios pastorais, espirituais, sociais e culturais. Seu público alvo são os cidadãos em geral, as famílias, os jovens e os agentes de pastoral das comunidades cristãs..
[Fonte: http://www.fatoexpresso.com.br - Jornal Online de linha progressista - todo o conteúdo é livre, inclusive o reproduzido de outras fontes. Base regional na Grande SP, mas também com noticiário Nacional - reproduz artigos de Leonardo Boff].

EUA: A MARÉ COMEÇA A VIRAR

John Peterson 
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O texto ora publicado mostra que um processo embrionário de reordenamento na luta de classes começa a ocorrer no EUA, as massas trabalhadoras começam a se movimentar na direção de sua auto-organização despertando para as ideias socialistas
 
Durante 30 anos, os trabalhadores estadunidenses foram assaltados. Por décadas, houve pouca resistência e ainda menos êxitos. Entre 1973 e 2007, a sindicalização do setor privado decresceu mais de 75% e a desigualdade aumentou em 40%. O nível das greves caiu aos seus níveis mais baixos. Politicamente, as coisas viraram ainda mais à direita enquanto Democratas e Republicanos se revezavam entre si para realizar os desejos dos capitalistas.

Os líderes do trabalho nada ofereciam além da fracassada política de “parceria com os patrões” nas fábricas e nas urnas. A despeito das heroicas tradições do passado, tudo isto levou muitos a acreditar que os estadunidenses estavam felizes ou que de alguma forma tinham se “aburguesado”. Luta de classes e revolução podiam acontecer na Venezuela ou no Egito, mas não nos EUA.

Mas a “toupeira da história” vinha escavando o subsolo durante todo este tempo. Uma redução de salário aqui, uma execução de hipoteca ali; um aumento dos custos de saúde aqui, uma fábrica fechada e transferida ali. Pouco a pouco, as bases econômicas do Sonho Americano foram sendo gradualmente corroídas e, com elas, também as ilusões de que o capitalismo é “o melhor dos mundos possíveis”.

Sempre tivemos confiança total na classe trabalhadora dos EUA. Entendíamos que os trabalhadores estavam aprendendo de sua própria experiência e que inevitavelmente entrariam no caminho da luta em determinado momento. Afinal, um pêndulo necessita oscilar à direita, como até agora, antes de oscilar de volta à esquerda. E quanto mais longe ele vai numa direção, mais dramaticamente ele oscilará de volta quando a maré virar. Ainda estamos no início do processo, e, sem necessidade de exagerar, o enorme potencial para o futuro é evidente.

Basta ver o movimento Ocupa que se espalhou a virtualmente todas as cidades do país. Ele persevera há semanas e não dá nenhum sinal de arrefecer tão cedo. Os objetivos dos manifestantes podem ser variados e carentes de coerência política, mas estão unidos numa coisa: estão insatisfeitos com o status quo e desejosos de fazer outra coisa além de se lamentarem sobre isto. Este fenômeno não tem precedente e está impregnado de implicações revolucionárias para o futuro.

Embora muitos dos manifestantes estejam nas ruas exatamente porque seu voto por Obama não levou a nenhuma mudança real, os Democratas estão trabalhando duro para cooptar o movimento. Contudo, isto não vai ser tão simples. Que posição o movimento adotará nas eleições de 2012 não está ainda claro, mas ele acrescenta uma nova variável a uma já complexa equação. A outra tática para obstruir o movimento, a repressão policial, apenas tem estimulado o movimento para frente. Em Oakland, CA, a violência policial levou à convocação de uma greve geral na cidade e a protestos massivos que pararam o gigantesco porto da cidade.

O ano pré-eleitoral também dá um vislumbre da mudança de ânimo. No “atrasado” Mississipi, os eleitores rejeitaram um ataque direto aos direitos da mulher de optar por e usar o controle da natalidade. No “racista” Arizona, o autor da SB1070, a draconiana lei anti-imigração, foi expulso do seu escritório pelos eleitores. E no “apático” Ohio, milhões de trabalhadores participaram das pesquisas de sondagem para rejeitar a depravada legislação contra os sindicatos do governador. Todos estes foram o resultado da organização popular de campanhas sobre estes temas. Sem dúvida, os Democratas e os Republicanos permanecem no poder; dada a ausência de qualquer alternativa real, é o que se pode esperar. Mas o ânimo por uma política de classe independente e por um partido do trabalho está aumentando.

A animosidade contra os ricos também está aumentando. Enquanto sofremos o desemprego e os cortes, os lucros de Wall Street levantaram voo, alcançando impressionantes 720% entre 2007 e 2009. Os bônus pagos são mais de trezentas vezes maiores que a média dos salários dos trabalhadores; hoje são 40 vezes mais elevados do que há três décadas. Uma sondagem de Pew Research recentemente descobriu que as famílias que têm por cabeça pessoas com idade de 35 anos e mais jovens ganharam em média apenas $3,662 em 2009, 47 vezes menos do que a média líquida recebida por famílias encabeçadas por pessoas de 65 anos de idade ou mais. E com o desemprego e a dívida desenfreados, não há nenhuma luz no fim do túnel para esta “geração perdida”.

Não é de se estranhar que haja uma reação crescente a esta situação. Uma sondagem recente da ABC/Washington Post revelou que 75% dos estadunidenses apoiam o aumento de impostos sobre os milionários para reduzir o déficit federal. Há oposição ampla a cortes no Medicare, Medicaid, Seguridade Social e outros programas sociais. E, pela primeira vez desde os anos 1930, a maioria dos estadunidenses está a favor da redistribuição da renda e da riqueza. De acordo com uma recente sondagem de The New York Times/CBS News, uma enorme maioria de 66% dos estadunidenses disse que a riqueza da nação deveria ser distribuída de forma mais justa. Quem foi que disse que as ideias socialistas não estão “vivas”?

Republicanos e Democratas se engalfinham entre si sobre quem tem o melhor plano para reviver a economia e criar empregos. Mas, se a criação de empregos fosse um problema tão fácil, por que eles ainda não o resolveram? A verdade é que eles não têm a menor ideia de como criar empregos enquanto quietamente asseguram os superlucros de suas principais corporações empresariais. Não se pode enquadrar o círculo. Os capitalistas fazem negócios para ter lucros e não para criar empregos. Então, a única solução que eles encontram é a de espremer os trabalhadores ainda mais. Mas isto tem os seus limites.

A maré está virando. Com trilhões de dólares em cortes desabando sobre seus ombros, não haverá alternativa para os trabalhadores além de se organizarem e lutarem contra tudo isto nas ruas, nos locais de trabalho e nas urnas com a criação de um partido dos trabalhadores baseado nos sindicatos. Armado com um programa socialista, um partido desta natureza poderia rapidamente reverter esta situação e transformar a política e a sociedade dos EUA para sempre.

Traduzido por Fabiano Adalberto

Repressão nas Universidades dos EUA: O Silêncio dos Reitores


Fonte: www.revistaforum.com.br

Eles já não são realmente educadores, pesquisadores ou cidadãos de suas comunidades. São agentes contratados pelos painéis de governança corporatizados.

Por Roland Greene [23.11.2011 11h45]
Tradução e nota introdutória de Idelber Avelar
Nota da Fórum: o mundo universitário estadunidense foi sacudido nas duas últimas semanas por duas sequências de acontecimentos que abalaram fortemente a credibilidade de seus administradores. Num dos principais programas universitários de futebol americano, o da Penn State, foi revelado um esquema de pedofilia de mais de quinze anos de duração. O antigo coordenador defensivo, Jerry Sandusky, foi preso pelo abuso de oito garotos. O técnico, Joe Paterno, uma lenda viva comparável ao que era Telê Santana no Brasil, foi demitido depois de 61 anos na instituição. Por outro lado, as imagens de uma série de intervenções policiais violentas, especialmente nos campi da Universidade da Califórnia em Berkeley e em Davis, rodaram o mundo e revelaram a cumplicidade dos administradores universitários com o aparato repressivo. O texto abaixo, de autoria do Prof. Roland Greene e traduzido em primeira mão pela Fórum, faz uma análise dos acontecimentos recentes.


O Silêncio dos Reitores
As imagens da universidade-empresa nesta semana acabaram sendo indeléveis. Depois de vistas, não há como esquecê-las.
Como todo mundo, tenho refletido sobre os acontecimentos em Penn State, Berkeley e Davis que sacudiram o ensino superior dos EUA. Todos sabem dos problemas nesses lugares e em outros: o declínio contínuo do investimento público nas universidades de ponta, a evacuação moral dessas instituições em favor do negócio e dos esportes; o desaparecimento de um futuro para o projeto de uma sociedade responsável e de jovens instruídos; e os ataques injustificáveis a professores e estudantes que se manifestavam no “Ocupar” Berkeley, Davis e outros campi em protesto contra a cumplicidade de suas universidades no saqueio às classes trabalhadoras e médias.
O que acontecerá agora? Não tenho ideias melhores que as de qualquer outra pessoa, mas suponho que há uma lição a se retirar do que estamos vendo, e é o descrédito da classe de administradores profissionais no ensino superior. Um vídeo, feito hoje [19/11], na Universidade da Califórnia em Davis, conta a história.
Em primeiro lugar, o contexto é a chocante demonstração de violência esta semana por um membro da polícia do campus de Davis, lançando spray de pimenta sobre manifestantes estudantis pacíficos – gesto que foi depoisdefendido pelo chefe da polícia. Alguns dias antes, houve a não menos espantosa reação de um policial de Berkeley a uma manifestação basicamente pacífica de professores e estudantes, na qual (entre outros acontecimentos), a diretora do Centro Townsend de Ciências Humanas, a Professora Celeste Langan, foi arrastada pelos cabelos, jogada no chão e presa.
Há muitas questões aqui, incluindo-se o caráter paramilitar das táticas policiais que têm começado a parecer normais até mesmo nos campi universitários. James Fallows observa que “isto é o que acontece quando não se pode responsabilizar uma autoridade que já perdeu qualquer senso de vínculo humano com uma população sujeitada”. Eu gostaria de tecer algumas observações sobre uma versão acadêmica desta impossibilidade de responsabilização [unaccountability].
Neste vídeo, a administradora da Universidade da Califórnia em Davis, Linda Katehi, caminha entre um grande grupo de estudantes que a confrontam silenciosamente com o olhar e de braços dados. Qualquer educador pegaria o microfone e tentaria, pelo menos, tratar das agudas diferenças de valores que são palpáveis até mesmo num vídeo. Mas Katehi não faz nada além de caminhar até o seu carro com um semblante congelado.
O ar distante de Katehi, e especialmente o seu silêncio, é das coisas mais terroríficas que já vi nestas várias semanas de tumulto. O silêncio dos manifestantes é uma declaração; o de Katehi é uma renúncia.
Assim como o administrador de Berkeley, Robert Birgeneau, que esperou quatro dias para ver os vídeos das manifestações em seu campus, Katehi é responsável pelos malfeitos da polícia do campus face a um protesto pacífico. Eles estavam obrigados a avisar seus policiais acerca dos limites no uso de força, não só em geral, mas também à luz dos acontecimentos recentes que pressagiavam protestos vívidos em todos os campi. Suspeito que Katehi renunciará sob pressão dentro de uma semana, mais ou menos, depois que ela demita o policial que aparece no vídeo e o seu chefe de polícia, Annette Spicuzza.
Katehi, Birgeneau e o antigo Reitor de Penn State, Graham Spanier (assim como o Reitor da Universidade da Califórnia, Mark Yudof), têm pelo menos uma coisa em comum: eles pertencem à classe de administradores profissionais que tomaram conta das universidades públicas (e muitas das privadas) nos EUA nos últimos vinte anos.
Para além do que tenham sido no começo de suas carreiras (na maioria dos casos, professores altamente destacados), eles já não são realmente educadores, pesquisadores ou cidadãos de suas comunidades. São agentes contratados pelos painéis de governança corporatizados, que se mudam de uma universidade a outra em busca de um graal de ambição. Não é raro que Reitores e administradores tenham tido cargos sênior em três, quatro ou cinco instituições. Até onde sei, os quatro líderes mencionados acima já tiveram, entre eles, papéis administrativos em 14 universidades nos EUA e no Canadá. Já tendo estado em todos os lugares, essas pessoas não pertencem, em outro sentido, a lugar nenhum. Elas foram contratadas por algumas coisas nas quais são especialistas: levantar fundos, cultivar contatos externos, inventar nomes para fortunas declinantes e refazer as “marcas registradas” de seus campi.
Presos a interesses de negócios que dominam os painéis de governo das universidades e encharcados da sabedoria convencional do establishment da educação superior, esses administradores profissionais estão desprovidos de um vínculo com o trabalho cotidiano de suas instituições que lhes permitisse produzir, como propõe Cathy Davidson, um “Discurso de Gettysburg” que enfrentasse os desafios morais deste momento. O professor mais inexperiente desses campi estaria melhor preparado para essa tarefa. A falta de responsabilização e de vínculo dos policiais, apontada por Fallows – que poderíamos também estender ao escândalo esportivo em Penn State—começa no topo dessas instituições.
O movimento “Ocupar” terá seus sucessos na sociedade em geral, mas nos campi americanos ele pode ter um resultado salutar: mostrar aos painéis de governo que esses administradores itinerantes não podem ser responsáveis pelo futuro de nossas instituições. Eles podem até saber governar um campus no dia-a-dia, mas quando algum acontecimento imprevisto altera profundamente a vida de uma universidade, eles não têm a capacidade de responder da mesma forma que qualquer professor normal responderia, com cuidado e decência. A primeira resposta é o silêncio – logo seguido de declarações apressadas que tentam obscurecer e contemporizar.
O silêncio não é estratégico ou racional, até mesmo de um ponto de vista legal. Creio que se trata de estupefação ante um mundo que se descarrilha de seus planos e programas. É a crise cognitiva da universidade empresa—e suspeito que veremos mais exemplos nos próximos meses.
Universidades como Penn State, Berkeley e Davis têm legiões de professores brilhantes, apaixonados, que merecem liderança melhor do que a que estas figuras fornecem. Cada um desses campi possui pelo menos meia dúzia de líderes docentes—e todo mundo lá sabe quem são eles—que poderiam servir como Reitores ou administradores agora.
É hora dos acionistas interromperem este aspecto da universidade empresa em favor de lideranças autóctones, locais—e, talvez, sob um tipo diferente de líder, outros elementos da transformação da universidade em empresa sejam questionados (por exemplo: por que a crise de orçamento em Berkeley e em muitos outros lugares não encoraja os administradores a reduzir ou mesmo cancelar os programas esportivos, eu não entendo. A gritaria seria inédita, mas também o seria a conversa gerada acerca das prioridades de uma universidade).
O silêncio dos Reitores ante o crime e a injustiça revela a falência de um modelo de liderança empresarial no qual se afundaram muitas universidades. Será que alguns vídeos poderão ajudar a mudar isso ?
Original aqui.
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