Não consigo separar qualquer debate sobre políticas públicas dos princípios que norteiam os Direitos Humanos. Se entendo ser papel do Estado regular o convívio da sociedade e cuidar das pessoas, sobretudo das mais vulneráveis, então entendo que os princípios humanistas devem estar presentes em toda e qualquer elaboração de políticas. Daí a razão de ter trabalhado em minha candidatura a bandeira dos Direitos Humanos como o eixo central de nossas discussões.
E quero neste texto, além de reafirmar meu compromisso com o tema, provocar algumas reflexões em torno da abrangência do assunto. Cito, a princípio, a área da saúde pública. A construção do SUS foi uma grande conquista do povo brasileiro. Mas para que a conquista seja completa, além de recursos e boas gestões (e aí mora um grande problema da área, a falta de boas gestões) é preciso que a humanização dos atendimentos seja uma realidade. E aí, creio, não haja outro caminho senão o da luta, da mobilização popular, assim como tem acontecido em Sorocaba na luta iniciada pelo FLAMAS (Fórum de Luta Antimanicomial de Sorocaba) e que tem conseguido importantes avanços em direção a reforma psiquiátrica.
Também tenho acompanhado um interessante trabalho de grupos que discutem as questões relacionadas a humanização do parto e ao direito de gestar, parir e amamentar.
Na área da saúde poderia citar uma série de outros exemplos, mas fico com os dois mencionados pra reforçar o que apontei no início do texto, é impossível pensar em bons debates na política sem que os Direitos Humanos estejam presentes.
E em qualquer outra área o caminho será o mesmo. Trataremos de moradia? A abordagem terá que passar pela dignidade. Educação, meio ambiente, geração de emprego e trabalho? Tudo, absolutamente tudo pode e deve ser observado sob a ótica humanista.
Os compromissos que disse querer reafirmar neste texto são, portanto, os mencionados. Aqueles que garantem que o mandato que estamos buscando conquistar será norteado por valores humanistas, sempre. E a provocação que deixo é a de questionar se cada um de nós já parou pra pensar se os princípios que norteiam as candidaturas à Prefeitura de Sorocaba são também esses, ou são os da lógica capitalista pura e simples? Os que transferem o jeitão de gerenciar empresas para a vida pública, como se isso fosse simples, ou os que compreendem que o cidadão antes de ser um “cliente” da Prefeitura é um ser humano?
Dos outros candidatos prefiro não tratar, mas quanto a minha candidata, Iara Bernardi, posso afirmar, está no time humanista.
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