quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Princípios humanistas em políticas públicas



Paulo Henrique Soranz
Não consigo separar qualquer debate sobre políticas públicas dos princípios que norteiam os Direitos Humanos. Se entendo ser papel do Estado regular o convívio da sociedade e cuidar das pessoas, sobretudo das mais vulneráveis, então entendo que os princípios humanistas devem estar presentes em toda e qualquer elaboração de políticas. Daí a razão de ter trabalhado em minha candidatura a bandeira dos Direitos Humanos como o eixo central de nossas discussões.
                E quero neste texto, além de reafirmar meu compromisso com o tema, provocar algumas reflexões em torno da abrangência do assunto. Cito, a princípio, a área da saúde pública. A construção do SUS foi uma grande conquista do povo brasileiro. Mas para que a conquista seja completa, além de recursos e boas gestões (e aí mora um grande problema da área, a falta de boas gestões) é preciso que a humanização dos atendimentos seja uma realidade. E aí, creio, não haja outro caminho senão o da luta, da mobilização popular, assim como tem acontecido em Sorocaba na luta iniciada pelo FLAMAS (Fórum de Luta Antimanicomial de Sorocaba) e que tem conseguido importantes avanços em direção a reforma psiquiátrica.
Também tenho acompanhado um interessante trabalho de grupos que discutem as questões relacionadas a humanização do parto e ao direito de gestar, parir e amamentar.
Na área da saúde poderia citar uma série de outros exemplos, mas fico com os dois mencionados pra reforçar o que apontei no início do texto, é impossível pensar em bons debates na política sem que os Direitos Humanos estejam presentes.
E em qualquer outra área o caminho será o mesmo. Trataremos de moradia? A abordagem terá que passar pela dignidade. Educação, meio ambiente, geração de emprego e trabalho? Tudo, absolutamente tudo pode e deve ser observado sob a ótica humanista.
Os compromissos que disse querer reafirmar neste texto são, portanto, os mencionados. Aqueles que garantem que o mandato que estamos buscando conquistar será norteado por valores humanistas, sempre. E a provocação que deixo é a de questionar se cada um de nós já parou pra pensar se os princípios que norteiam as candidaturas à Prefeitura de Sorocaba são também esses, ou são os da lógica capitalista pura e simples? Os que transferem o jeitão de gerenciar empresas para a vida pública, como se isso fosse simples, ou os que compreendem que o cidadão antes de ser um “cliente” da Prefeitura é um ser humano?
Dos outros candidatos prefiro não tratar, mas quanto a minha candidata, Iara Bernardi, posso afirmar, está no time humanista.

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