terça-feira, 22 de janeiro de 2013

"Nossa candidata para 2014 chama-se Dilma Rousseff"


Publicado em 22-Jan-2013

Assessor há mais de 30 anos e de absoluta confiança do ex-presidente Lula, o ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vanucchi afirmou que o ex-presidente não será candidato a governador de São Paulo e nem ao Palácio do Planalto em 2014. Vanucchi não descartou que o ex-presidente venha a ser candidato em 2018, antecipando a situação em que isso poderá ocorrer: "Se houver um acirramento das contradições ou uma crise nacional".

Também Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula (do qual Vanucchi também é diretor), negou que o ex-chefe do governo cogite, no momento, voltar a disputar uma eleição. Versões nesse sentido se intensificaram porque o ex-presidente reedita a partir deste ano as Caravanas da Cidadania, que já fez antes de chegar ao Planalto em 2003.

"Nossa candidata para 2014 chama-se Dilma Rousseff", declarou Okamotto. Os dois dirigentes do Instituto Lula falaram ao acompanhar o ex-presidente a uma reunião com intelectuais, políticos e autoridades de oito países latino-americanas em um hotel da Zona sul de São Paulo.

A candidatura Aécio, agora, não é para valer

Vannuchi analisou o quadro político também na oposição, quando disse considerar que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não é candidato presidencial para valer em 2014. "Vocês sabem, ele é candidato para 2018. Agora toda a construção é para ele virar figura de proa, disputar para perder (em 2014) evidentemente e contar como uma evolução, já que a Dilma não será mais candidata (em 2018) por razões constitucionais."

Lula, de acordo com seu ex-ministro de Direitos Humanos, está "aprendendo a ser ex-presidente". Por enquanto não programa concorrer a nenhum cargo público - nem de presidente, nem de governador em  2014. "Ele me disse que não quer, que não faz parte do plano dele. O Lula quer ser isso que ele é agora, se reunindo com lideranças latinas, com povo, empresários, sindicalistas, bancadas, sociedade civil. Ele quer criar novas lideranças. Ser uma liderança política livre", completou Vanucchi.

"Mas não digo que não será em hipótese alguma em 2018, porque se houver acirramento das contradições, uma crise nacional e depois (Lula) despontar como um polo de consenso para reaglutinar o país ou um conjunto grande de força política, aí ele se dispõe, como se dispôs em 1998, mesmo absolutamente convencido que não deveria", ressalvou Vanucchi, numa referência à disputa naquele ano com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, com reeleição praticamente garantida.

Vanuchi adiantou que o ex-presidente se concentrará agora, "com a conversa - no que ele é muito bom - e articulação política", para compor e reaglutinar cada vez mais três partidos aliados, PT, PMDB PSB para os próximos desafios, incluindo eleitorais. "O Lula vai se empenhar em defender esta posição. A liberdade que tem (para articular alianças) ele vai colocar a favor da Dilma, que é presidente da República e candidata à reeleição."

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