Esta 4ª edição do estudo Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (iRBEM), pesquisa realizada pelo IBOPE a pedido da Rede Nossa São Paulo - um conjunto de ONGs voltadas à discussão de políticas públicas -, evidencia mais uma vez o fracasso de 20 anos dos governos do PSDB em São Paulo. E não apenas com os indicadores de segurança pública, mas também com os da saúde, da educação, da confiança nas instituições... É apagão em tudo.
O levantamento mostra que a sensação de insegurança do paulistano no ano passado - quando recrudesceu a escalada da violência - foi a mais alta registrada na capital desde 2008. A pesquisa IRBEM aponta que 91% dos entrevistados acham pouco ou nada seguro viver na cidade.
A opção “nada seguro”, aliás, aumentou de 35% para 45% no último ano. Atenção: realizada no fim de 2012, a pesquisa coincidiu com a onda de violência que os governos tucanos, há duas décadas no poder no Estado, não conseguem debelar.
População pede combate a corrupção na polícia e nos presídios
Feita entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2012, a pesquisa entrevistou 1.512 moradores da capital paulista com 16 anos ou mais. Sua margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na classificação por tipos, "Violência em geral" causa medo em 71% dos entrevistados - contra 67% que a indicaram em 2011; “Assalto /roubo” ficou em 2º lugar, com 63% como causa do medo dos paulistanos; e “Sair à noite”, (41%).
Indagados sobre “quais ações e medidas são mais importantes para diminuir a violência”, a maioria dos paulistanos pesquisados respondeu: “combater a corrupção na polícia e nos presídios” . Em seguida, as respostas mais comuns foram “criar oportunidades de trabalho para jovens de baixa renda” e “aumentar o número de policiais nas ruas.”
Governo do Estado evita comentar pesquisa
Sobre toda essa violência na Capital, perceptível pela população como demonstra o estudo, o governo tucano de Alckmin, via Secretaria de Segurança Pública, informou que não comenta pesquisas realizadas por outros órgãos sem conhecer a metodologia empregada.
O IRBEM propõe nada menos que 169 itens para que os paulistanos respondam e revelem seu nível de satisfação em relação à qualidade de vida e bem-estar na capital. Em uma escala que começa em 1 (totalmente insatisfeito) e termina em 10 (totalmente satisfeito), a média geral para a qualidade de vida caiu em São Paulo para 4,7 em 2012, a menor desde o início da série. Esta média geral foi de 4,8 em 2009, 5 em 2010 e 4,9 em 2011.
O levantamento apurou, também o nível de confiança da população nas instituições. Como nas edições anteriores do IRBEM, a Câmara Municipal é a que desperta maior desconfiança (69%), seguida pelo Tribunal de Contas do Município (64%), pela Polícia Civil (60%) e pela Polícia Militar (60%).
Percepção da população é de que educação só piora
A pesquisa revela que, na capital, o tempo médio para utilização dos serviços públicos de saúde para consultas passou de 52 para 66 dias; para exames, de 65 para 86 dias; para procedimentos mais complexos (internações, intervenções cirúrgicas etc), de 146 para 178 dias.
A percepção sobre a educação, estável até 2011, em 2012 apresentou quedas significativas nas médias obtidas sob todos os aspectos. A falta de vagas em creches ou pré-escolas e a falta de respeito e valorização ao profissional de ensino são os aspectos mais críticos.
De acordo com a pesquisa em 2012, pelo 2º ano consecutivo, 56% dos entrevistados afirmaram que sairiam da capital se lhes fosse dada a oportunidade de viver em outro lugar. Caiu de 44% para 38% o número de moradores que consideram que a qualidade de vida melhorou.
Como se vê, a pesquisa com indicadores não apenas sobre segurança mas, também, sobre saúde e educação - ou seja, praticamente de todo o governo - é um desastre para Alckmin e para o tucanato que governa o Estado há 20 anos longos anos.
FONTE: zedirceu
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