POR : Altamiro Borges
Finalmente chegou ao fim, ontem à noite, a 13ª edição do Big Brother Brasil, da TV Globo. Dados preliminares indicam que este foi o pior BBB em termos de audiência. Mesmo assim, o programa voyeurista e consumista, que explora e estimula os piores instintos da sociedade, garantiu muita grana para a famiglia Marinho. Dois artigos de Keila Jimenez, da Folha, que acompanha os bastidores da televisão brasileira, confirmam este fenômeno contraditório: queda de audiência e aumento dos lucros.
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Outro canal – 27 de março de 2013
Keila Jimenez
“Big Brother Brasil” perde metade de seu público
O “Big Brother Brasil 13” encerrou ontem a sua passagem pela TV Globo seguindo a tendência de queda de audiência da atração, que acontece ano a ano.
Segundo dados do Ibope, a média geral do “BBB 13” da estreia até o dia 24 de março (domingo) foi de 23,6 pontos de audiência. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo.
Esse índice é a metade da média de audiência da quinta edição do programa, o "BBB5", exibido em 2005, que bateu recorde de público, alcançando média de 47,5 pontos de audiência.
O “BBB 5”, vencido pelo hoje deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), também surpreendeu a Globo em share (participações no total de televisores ligados), com 69,7%. Sete em cada dez televisores ligados no horário estavam sintonizados na atração.
Mesmo com o faturamento sempre em alta, o programa veio sofrendo perdas anuais de audiência.
Mas as maiores quedas vieram mesmo após 2008. O confinamento na TV passou de 37,2 pontos de ibope (“BBB 8”) de audiência para 25,3 pontos de média (“BBB 12”). A atração perdeu mais de dez pontos de Ibope em apenas quatro anos.
Mesmo assim, a 14ª edição do reality show já está garantida na programação da Globo em 2014.
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Outro canal – 06 de fevereiro de 2013
Keila Jimenez
“BBB 13” tem o triplo de merchandising do “BBB 12”
Cansado das edições anuais do "Big Brother Brasil"? Se a longevidade do reality show for condicionada ao seu faturamento, o formato terá vida longa na TV Globo.
Apesar de seguir a tendência de queda de audiência vista a cada edição, o “BBB 13” já contabilizou o triplo de ações de merchandising em comparação ao “BBB 12”.
Segundo a Controle da Concorrência, empresa que monitora inserções comerciais para o mercado, do dia 8 de janeiro (data de estreia) ao dia 3 de fevereiro, o “BBB 13” exibiu merchandising 309 vezes, ante 106 do “BBB 12” no mesmo período.
Há quase um mês no ar, a nova edição da atração já tem 11 anunciantes diferentes apostando nesse tipo de ação. No mesmo período, nove anunciantes fizeram merchandising no “BBB 12”.
Entre as marcas presentes nas duas edições estão: Ambev, Fiat, Carrefour e Unilever.
Mas ter o pote de margarina no café da manhã do confinamento, em rede nacional, não sai barato.
Uma única ação de merchandising dentro casa do “BBB” custa em média R$ 3 milhões.
É por essas ações e milionários patrocinadores que o reality show ainda figura como um dos programas de curta duração (três meses) com o maior faturamento na TV.
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O reality show já foi um fenômeno mundial, sendo exibido em vários países. Atualmente, a maioria deles já superou esta fase e o BBB sumiu das telinhas. No Brasil, onde a qualidade da tevê aberta é cada dia mais deplorável, o programa já dura 13 anos e deve continuar seduzindo os telespectadores com seus gemidos e diálogos emburrecedores. A famiglia Marinho enriquece e agradece!
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