quinta-feira, 2 de maio de 2013

Do Capitalismo ao Socialismo


O capitalismo se trata do atual modo de produção presente e quase todo o mundo, e o socialismo se trata do pontapé inicial de negação ao capitalismo para erguer a sociedade comunista. Claramente o socialismo se trata apenas de um sistema de caráter transitório, onde nele se faz presente características da nova sociedade que está por vir (o comunismo) e também algumas contradições da sociedade antiga (capitalismo).

A transformação de uma sociedade de classes para uma sociedade socialista se trata então, de uma “revolução social”, que só poderá ser realizada se inúmeros pontos forem levados em conta. Deve-se sempre que possível, utilizar dos meios de comunicação alternativos para propagar a causa dos trabalhadores, já que todo meio de comunicação privado vai sempre estar comprometido a propagar a ideologia da classe dominante local.

Nos momentos de acirramento da luta de classes, como as crises capitalistas (que sempre ocorrem), são esses os momentos em que os comunistas devem mais ainda se comprometer e se esforçar para se dirigir à classe trabalhadora, estimulando a organização deles e a luta. Pois são nas crises que os trabalhadores vão sofrer mais com ataques aos direitos trabalhistas vindo da burguesia, sendo assim mais fácil mostrar aos trabalhadores que a burguesia é seu inimigo de classe, e que ela deve ser confrontada.

A própria classe trabalhadora com certeza sente a necessidade de lutar em prol deles mesmos quando sofrem com ataques bruscos vindo da classe dominante, porém o “espontaneismo”, isso é, a luta da classe trabalhadora sem ser direcionada à um propósito firme, nunca conseguirá derrubar o capitalismo firmemente. Cabe então, aproveitar-se dos momentos de agitação da classe trabalhadora, e através de uma (ou umas) organização ou partido com princípios estreitos dirigir a classe trabalhadora, para que ela não lute à esmo, mas sim contra seus inimigos de classe, a burguesia.

Caso a classe trabalhadora tocar greves, protestos e ocupações de caráter radical, os que estão comprometidos em “dirigir a revolução” não devem se opor nem muito menos lançar ideias recuadas. Caso seja necessário que a classe trabalhadora se defenda de forma violenta para manter ocupações em fábricas (e dentre outros meios de produção que devem ser socializados) ela deve manter esse caráter nas ocupações; caso fechem rodovias com ônibus quebrados e queimados, os intelectuais de esquerda também devem apoiar, e se possível até colaborar; caso os trabalhadores decidam se defender com armas do braço armado, também devemos apoiar. Nós devemos apoiar e colaborar com toda ousadia da classe trabalhadora, e direcioná-las para o confronto com nosso inimigo de classe.

Também, caso seja necessário – e possível – a tomada de edifícios do governo (como prefeituras e parlamentos) ou edifícios relacionados ao braço armado (como os quartéis e delegacias), essas tomadas devem ser feitas. Uma vez derrubada às instituições de defesa do regime burguês, devem ser criadas organizações populares para o povo exercer o Poder. Devem ser criados conselhos de trabalhadores e estudantes para fiscalização do Estado (que desta vez deve ter um caráter proletário).

Aqueles que vão ocupar cargos políticos devem ser remunerados com salário de trabalhadores e eles devem atuar no Estado em prol da estatização sob o controle trabalhista de meios de produção fundamentais (grandes fábricas, indústrias, bancos, fazendas e etc.), expropriando a alta burguesia e socializando os meios de produção que eram suas propriedades. Juntamente com isso, deve ser criada comitês trabalhistas para haver uma gestão transparente e coletiva da produção.

A lógica do trabalho a partir daí, deve ser mudada, não mais o trabalho assalariado, submisso ao proprietário burguês. Agora, deve predominar o trabalho associado entre trabalhadores livres.

Como bem disse, no começo, a sociedade socialista, não conseguirá por completo afastar os problemas oriundos do capitalismo, e o socialismo é um regime de caráter “preparatório” para o comunismo, é o seu pontapé inicial, mas não a sociedade comunista de fato. Em meio a isso, a aplicação do trabalho associado, que deve ser a relação de trabalho predominante sob o comunismo, não será de todo modo, “perfeita” sob o socialismo. Mas daí surge a necessidade da ampliação das forças produtivas para erguer a sociedade comunista, que já não faz parte do assunto aqui pautado, que é a transição do capitalismo para o socialismo.


FONTE: 

Vermelho à Esquerda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...