sexta-feira, 3 de maio de 2013

É pouco e repetição de anteriores o plano de segurança de Alckmin



É pouco, muito pouco mesmo - principalmente diantes dos índices de violência e da gravidade que assumiu a situação na área de segurança pública - o plano elaborado pelo governo tucano de Geraldo Alckmin, a ser divulgado nos próximos dias e que a Folha de S.Paulo antecipa hoje. O plano não traz nada de novo, só soluções já tentadas em épocas em que São Paulo era menor e tinha menores população e índices de violência.

Dois anos e meio depois de assumir o governo do Estado pela 3ª vez - e os tucanos estão no poder em São Paulo há 20 anos -  Alckmin elaborou um plano tímido, apesar de tê-lo feito, conforme registra a Folha, por pressão da piora contínua dos principais indicadores da violência no Estado. O aumento de homicídios no Estado e na capital se repete há oito meses seguidos.

O pacote de segurança a ser anunciado pelo governo Alckmin prevê a criação de cargos na polícia e a redução do tempo de formação de PMs para acelerar a ida deles para as ruas. Objetivo: dar uma resposta à opinião pública - principalmente no ano véspera da reeleição - sobre o aumento da criminalidade, com ações que podem colocar mais policiais em atividade e melhorar a investigação a médio prazo, além de atenuar as críticas previstas no próximo ano de eleições.

Vamos aguardar as outras medidas trazidas por este pacote

Entre as medidas futuras do pacote estão, também, a criação de mais de 2.000 cargos (peritos, legistas e outros) para a Polícia Científica, elevando em mais de 50% a quantidade atual de funcionários do órgão. Peritos ouvidos pela Folha informaram que a última ampliação nesses quadros ocorreu há 33 anos (1980).

Outra mudança prevista pelo governo é a redução, de quatro para três anos, no tempo de formação de oficiais da PM, o que deve colocar mais rapidamente nas ruas cerca de 200 novos oficiais todos os anos. Esta formação de três anos já vigorou no Estado - a PM a elevou de três para quatro em 1996 e agora ela volta a ser de três anos.  Na prática, a mudança deve reduzir a duração do estágio dos futuros oficiais nos batalhões - para antecipar a entrada deles em atividade.

E, pelo novo plano, deve ser criado um bônus para policiais que conseguirem cumprir metas de redução de índices de violência. Antecipando-se à execução do pacote, o Estado divulgou um reforço de policiamento noturno desde ontem na região metropolitana da capital: equipes administrativas de 50 batalhões passaram a atuar em blitze e bloqueios. O governo também já começou a reduzir a quantidade de companhias da PM e de delegacias (algumas já foram fechadas).

Vamos aguardar as novas medidas. Aguardar e cobrar.

FONTE: 

zé dirceu - um espaço para discussão no brasil

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