terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Os maias nunca disseram que o mundo acabaria em 2012



Se você é daquelas pessoas que levam à serio as previsões, temos uma boa notícia: o mundo não vai acabar em 2012.
Fecham-se as cortinas, diria o saudoso narrador esportivo Fiori Gigliotti, no dia 31 de dezembro de 2011. Teríamos o réveillon mais dramático (no sentido de espetáculo) da história da humanidade.
Ao redor do planeta, milhares de homens e mulheres sairiam do armário para declarar, publicamente, suas preferências sexuais. Lágrimas de amor e ódio inundariam a Terra.
Pecadores, aos milhares, se juntariam em grupos e ajoelhados se dirigiriam ao templo mais próximo.
Muçulmanos pouco chegados às palavras do profeta aproveitariam os últimos dias do ano para se empanturrarem de carne de porco e de bebidas alcoólicas.
Em Wall Street, os indignados avançariam sobre os fiéis guardiões do dinheiro alheio, e ignorando as ameaças da polícia e dos seguranças, arrebentariam os cofres promovendo verdadeira chuva de dólares pelas ruas próximas.
Enfim, homens (e as mulheres, claro) dariam vazão aos seus instintos básicos, primitivos, fossem altos ou baixos. O planeta viraria uma imensa selva. Prevaleceria a lei do mais forte. Os consultórios dos analistas (tanto os psicológicos como os financeiros) ficariam às moscas…
Infelizmente (oops…felizmente, quero dizer) isso não irá acontecer.
O tão falado Calendário Maia, que segundo o visionário autor José Argueles previa o ano de 2011 como o fim da linha do tempo (o prejuízo para o Facebook seria enorme) foi submetido a acurados estudos por um grupo de maialógos (especialistas em assuntos maias),  segundo informa a conceituada agência Reuters.
E eles concluíram, ao contrario de Argueles, que o ano em curso apenas encerra uma etapa.
Isso porque 2012 apenas deverá trazer de volta à Terra o poderoso deus Bolon Yokte, uma vez que o dia 12 de dezembro completa mais um ciclo dos 5.126 anos do Calendário Maia.
A confusão se deu porque o Calendário Maia é dividido em etapas de 394 anos, chamadas Baktun.
E em 2011,  termina o décimo terceiro Baktun, sendo que os Maias curtem de maneira especial o número 13.
Sven Gronemeyer, um pesquisador dos códigos Maias da Universidade da Austrália, explica que antecipar as  previsões catastróficas não faz sentido. É preciso antes saber o que o deus Bolon Yokte está pensando. Afinal é ele que decide tudo desde o primeiro Baktun.
Antes de tomar qualquer decisão, Bolon Yokte vai querer olhar em torno, tomar pé da situação. Só então ele tomará uma decisão sobre um eventual apocalipse no ano que vem.
O que parece ser de urgência urgentíssima é o governo brasileiro convidar o influente Bolon Yokte para uma visita ao Brasil, antes que se impressione demais com a análise que fará da situação européia.
Poderíamos até, quem sabe, mudar a eventual impressão negativa que a crise na Europa provoque nele: um país de pessoas felizes por natureza, uma terra onde as elites compreenderam que é melhor perder os anéis do que os dedos, e onde existe oportunidade para todos, onde os três poderes trabalham muito e harmoniosamente…
E além de tudo, Bolon Yokte sabe que é preciso dar uma oportunidade ao jovem Neymar de mostrar seu talento no Mundial de Clubes.
Temos certeza que Bolon Yokte vai se sensibilizar  com esse argumento do Neymar. Com o que, o ano de 2012 estará garantido.
Já 2013, 14, etc… eu não garanto.

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