FONTE: www.brasildefato.com.br
Caso se mantivesse a política salarial do presidente João Goulart – deposto pelo grande capital internacional e seus aliados – o salário mínimo atual seria de R$ 2. 800
05/12/2011
Alipio Freire
“MEMÓRIA/ SEM PRESENTE ou futuro/ é nostalgia.// Ou narcisismo”.
Para que levemos essa constatação em frente, é fundamental que, tendo em vista os trabalhos da Comissão da Verdade, nos organizemos todos para esclarecer os trabalhadores e povo (povo=os explorados e oprimidos) – sobretudo os mais jovens, a respeito do golpe civil-militar de 1964; seus sujeitos políticos; a real ‘natureza’ de classe do programa e dos projetos dos golpistas; o sentido das violências desencadeadas contra os trabalhadores e o povo, enquanto ponto programático dos golpistas; e todas as formas e propostas de resistência e/ou revolução que se levantaram contra o regime instaurado. Algumas dessas questões estão respondidas em cartilha do Núcleo de Preservação da Memória Política (www.nucleomemoria.org.br), ainda que muito mais necessite ser tratado.
Sobretudo, é fundamental que se esclareça como o programa levado a cabo pelos golpistas continua presente, ainda hoje, no nosso dia a dia. Sobre esta última questão, é necessário esclarecermos alguns pontos, dos quais citamos apenas três dos mais óbvios e simples:
1. Caso se mantivesse a política salarial do presidente João Goulart – deposto pelo grande capital internacional e seus aliados – o salário mínimo atual seria de R$ 2. 800.
2. Se o programa das Reformas de Base, defendido pelo presidente Goulart e pelas forças populares e de esquerda houvesse sido aplicado, a Educação não teria sido privatizada. Ao invés disto, teríamos ensino público, universal, gratuito e de boa qualidade em todos os níveis.
3. Teria sido feita uma reforma agrária nas terras às margens das rodovias, ferrovias e açudes.
Somente assim, acreditamos, começaremos a desconstruir as versões oficiais da nossa História recente; a transformar a questão da Verdade numa campanha massiva e, consequentemente, a questão da necessidade de Justiça numa reivindicação da grande maioria da nossa classe trabalhadora, do nosso povo, e das suas organizações e movimentos.
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