Fonte: www.revistaforum.com.br
De acordo com números hoje divulgados pelo Programa Europeu Alimentar, 43 milhões de europeus encontram-se numa situação de risco alimentar e sem dinheiro para pagar uma refeição.
Por Redação [17.10.2011 11h05]
A degradação da situação econômica internacional, bem como a política de austeridade que tem sido seguida um pouco por toda a Europa, está atirando cada vez mais europeus para situações extremas de pobreza.
Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição. Os programas comunitários de apoio alimentar aos mais carentes, que permitem fornecer alimentos que sobram dos excedentes agrícolas, têm seu alcance diminuído com as sucessivas reformas da Política Agrícola Comum e o aumento do preço dos produtos agrícolas. Só este ano, 18 milhões de cidadãos de 20 países europeus se beneficiaram destes programas.
Em declarações à rádio TSF, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos contra a Fome alertou para as consequências sociais da redução abrupta, de cerca de 20%, nas verbas do Programa Europeu de Apoio Alimentar a Carenciados.
“Se este programa desaparecer ou tiver uma redução drástica, estes produtos deixam de existir e estas pessoas deixam de ser ajudadas de um ponto de vista alimentar”. “Há um conjunto de pessoas que têm graves necessidades e este programa é essencial na sua manutenção. Estamos falando de produtos que são transformados através de matéria-prima: arroz, massa, esparguete, manteiga, leite, bolachas, cereais”, concluiu Isabel Jonet.
Recorde-se que, de acordo com os últimos números do Instituto Nacional de Estatística, sem as transferências sociais do Estado, e considerando apenas os rendimentos de trabalho e capital de cada um dos cidadãos, a taxa de portugueses em risco de pobreza nunca estaria nos 17,9% registados, mas nos 41,5%.
Publicado por Esquerda.net. Foto de Paulete Matos.
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