FONTE: cartamaior
Discurso de Alfredo Guevara, Presidência do ICAIC – Instituto Cultural de Arte e Indústria Cinematografica na inauguração do 34º Festival Internacional de Cinema Nova Latinoamericano, no Teatro Karl Marx, no dia 4 de dezembro de 2012.
Bem vindos à Havana, nossa capital e sede tradicional do evento, desenhado esta vez, com certeza da presença de mais e mais jovens cineastas portadores de formas inéditas de dizer em imagens e de buscar verdades que não poucas vezes renovam nosso cinema por sua ótica, por sua penetração em realidade reais ou nas que a imaginação enriquece ampliando o mundo desde poéticas que obrigam a descobrir, mais e mais e sempre.
Essa será a tarefa desse outro protagonista dos Festivais que é o espectador, descobrir e descobrir nessas vertentes do cinema latino-americano quando decididamente e’ inovador e quando profissional, dono do instrumental expressivo. E essa diversidade nas opções confirma o que para a espiritualidade da pessoa resulta, como o ar, oxigênio esta vez para pulmões secretos e irrenunciaves porque respiradores da essência da verdadeira vida em que a diversidade e a opção definem e são oxigênio da liberdade. Isto explica os 500 mil espectadores protagonistas que teremos nestes dias e mais tarde, conforme o Festival percorra a Ilha.
Eu disse Ilha porque o evento desenhado se prolonga por cidades e por povoados, e se todo o plano se cumpre, prioriza ja algumas das nossas Universidades e Faculdades. Essas que, a nosso pouco mais de 11 milhões de cidadãos, deram 1 milhão de universitários, o princípio de uma vanguarda intelectual que pudesse ser princípio de um estado de alerta e abertura para o saber, saber que continua se ampliando, e ao conhecer, ao pensar que tanto obriga, legitimadores irrefreáveis desses valores que eu descrevo como irrenunciáveis pilares da liberdade: a diversidade e a opção.
Esse nosso público não apenas é protagonista quando se identifica ou dialoga de forma prazerosa ou amargamente com a obra cinematográfica e com seu autor; protagonista é também, como em mostra sociológica, prova que a opção e a diversidade são necessidades da alma. Prova que é lição, lição irrenunciável.
Devo supor e creio firmemente desde velhas experiências, que provam isso mesmo públicos de outros países em particular em nosso âmbito cultural latino, nesse muito Festivais fraternais que percorre o ano. Este ano precisamente o cinema latino-americano teve presença e sucesso espetacular no mundo todo.
Eu disse Ilha também para recordar que i-solado ai(a-ilhado, no original) supõe afastado, mas não há ilheno que não se sinta universal, internacional e que portanto veja mais além do mar e amando-o , tenha inventariadas todas as ofertas imagináveis, imaginando quantas paisagens queira percorrer na realidade e no conhecer.
Estes sonhadores, fabricantes de mundos e de opções, da diversidade, da liberdade, somos os irmãos amigos que os recebemos, esperando em vossas obras mais e mais mundos poéticos, e a vocês com e nelas, dizemos de novo bem vindos.
E agora a surpresa, surpresa cabalística.
Cumprimos 34 anos (que tomara fossem os meus) e cumprem eles 43, com o 3 e o 4 brincando com o adivinhação. E como insisto e insisto em renovação permanente esta só pode se realizar com um bom ritmo.
Inauguramos assim agora o 34º Festival Internacional do Novo Cinema Latinoamericano , que tem ritmo, homenageando em seu 43º aniversario a um símbolo musical de Cuba e seu ritmo maior, os Van Van.
Bem vindos, irmãos!
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