Publico aqui mais manifestações publicadas em diversos veículos de apoio ao ex-presidente Lula e de repúdio às acusações de autoria atribuída a Marcos Valério.
Antes, no entanto, recomendo um artigo bastante oportuno de Luis Nassif sobre o xadrez atual da política. Ele vai diretamente ao ponto: “Há um jogo em que o objetivo maior é capturar o rei – a Presidência da República. O ponto central da estratégia consiste em destruir a principal peça do xadrez adversário: o mito Lula”.
“Na fase inicial – quando explodiu o “mensalão” – havia um arco restrito e confuso, formado pela velha mídia e pelo PSDB e uma estratégia difusa, que consistia em ‘sangrar’ o adversário e aguardar os resultados nas eleições presidenciais seguintes.”
Nassif diz que essa tática falhou, apesar de todos os golpes baixos. Depois, tentaram colocar Lula e Dilma em lados opostos. Não deu certo. Nassif acrescenta que as campanhas sistemáticas de denúncias continuaram e moldaram uma mídia “ferozmente anti-Lula”.
Nassif faz uma análise detalhada dos elementos envolvidos nesse xadrez, incluindo o Judiciário, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal em São Paulo. Ele vê um “arco amplo” nesse movimento.
“Daqui para frente, o jogo está dado: um processo interminável de autoalimentação de denúncias. Vaza-se um inquérito aqui, monta-se o show midiático, que leva a desdobramentos, a novos vazamentos, em uma cadeia interminável.” Tudo isso relacionado a 2014, acrescenta
Em tempo: o próprio advogado de Marcos Valério o contradiz sobre a acusação de que o PT bancou o pagamento de sua defesa no julgamento da AP 470. Ao Estadão, ele diz: “Esclareço que em nenhum dos inúmeros depoimentos que eu acompanhei Marcos Valério jamais declarou que o PT tenha pago honorários da defesa”.
Manifestações de apoio
"Não é uma afirmação que mereça crédito, mereça consideração ou sequer investigação, eu acho que deve ser mandada para arquivo porque não merece, efetivamente, nenhum tipo de consideração", disse Marco Maia, presidente da Câmara.
"É uma profunda inverdade. A pessoa que disse não tem autoridade para falar mal do presidente Lula, que é um patrimônio da história deste país”, afirmou José Sarney, presidente do Senado.
O deputado estadual e presidente do PT paulista, Edinho Silva, mostrou indignação com as acusações. Para ele, isso tem o evidente objetivo de desgastar a imagem do ex-presidente. Em manifestação na Tribuna da Assembleia, Edinho afirmou que o “PT não ficará acuado”. “Ele (Lula) não precisa que esse deputado venha à Tribuna fazer sua defesa. A sua defesa é feita por milhões e milhões de brasileiros que foram beneficiados pelas políticas sociais, pela construção de um Brasil mais justo e mais igualitário, e que, efetivamente, vive no espírito da democracia”, destacou o deputado.
“Por que ele falou apenas agora? Por que ele não falou na época? Isso não procede e não nos atinge em nada. É desespero”, afirma o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP).
“É mais uma grande jogada do Marcos Valério. Em troca da diminuição da pena dele, fornece elementos para abertura de inquérito envolvendo Lula na história. O objetivo dele e dos que o estão apoiando é criar constrangimento e atingir o PT”, diz o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP).
O ex-assessor da Presidência da República Freud Godoy disse que pretende processar o empresário Marcos Valério. Ele nega ter recebido cerca de R$ 100 mil de Valério. “Faz seis anos que eu não vejo o presidente Lula, não vejo ninguém, e agora o cara (Valério) vai lá e fala um negócio desse. Eu quero ver provar. Porque se não provar, vai tomar mais uma ação. Eu vou processar, faço questão."
“Se ele tivesse realmente uma denúncia, teria feito antes. Não há nada que implica o Lula, é uma conversa de uma pessoa desesperada. Não tem base material. Todos nós sabemos que não é verdade”, disse o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP).
O prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho, nega que tenha beneficiado o banco BMG na exploração de crédito consignado. "Como então presidente da CUT, Luiz Marinho levou ao governo federal a proposta de instituição do crédito consignado em folha, medida que reduziria o risco de inadimplência, acabando com o argumento dos bancos para cobrarem as taxas exorbitantes que cobravam. Após aprovada a legislação, Luiz Marinho reuniu-se com a direção de um conjunto de instituições financeiras — entre elas Banco do Brasil, Bradesco, Santander, BMG — para que as melhores taxas fossem oferecidas aos trabalhadores", afirmou.
Marinho disse ainda que a medida reduziu as taxas para concessão dos empréstimos de 106,29% para 37,6% ao ano, "uma redução de expressivos 68,69% pontos percentuais".
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