quarta-feira, 4 de julho de 2012

Em SP faltam políticas de repressão ao crime para evitar o pior

zé dirceu - um espaço para discussão no brasil

Estamos a favor da repressão, tanto imediata quanto a longo prazo, do crime organizado que impera nas prisões de São Paulo e que, tudo indica - investigações e interceptações telefônicas vão nesse sentido - pode ser responsável por essa onda de violência que provocou ataques a um grande número de bases policiais, matou sete PMs e ateou fogo a 14 ônibus do dia 13 de junho até agora.

Esse clima de terror e medo que atinge tanto os policiais quanto a população em geral não pode continuar. Mas para combatê-lo e fazê-lo cessar o governo do Estado - que é de direito e de fato o comando das polícias - precisa ter planos e políticas objetivas, tanto para ação imediata quanto de longo prazo.

Se estamos - e isso é indiscutível - a favor da repressão aos responsáveis e aos autores dos ataques às bases da PM, dos assassinatos de policiais e dos incêndios a ônibus, estamos igualmente contra represálias fora da lei, contra a violência policial e a forma de atuação da ROTA - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.

O olhar cúmplice do governo, da mídia e da sociedade


Responsável pela morte ontem à noite de mais duas pessoas na Zona Leste, a ROTA é considerada uma das polícias mais violentas do Brasil, e em sua ação termina dando veracidade às acusações que lhe são feitas de que ela segue o lema absurdo de "matar primeiro para averiguar depois".

É preciso extirpar essas práticas policiais, bem como a ação de represálias fora da lei, essa violência, o chamado justiçamento de criminosos e as operações ilegais praticadas pela PM, muitas vezes sob o olhar cúmplice do governo e de certa maneira da mídia e da sociedade.

Sim, as vezes até da sociedade quando, na verdade, devíamos, mais do que nunca, fazer a nossa parte que é reagir, nos mobilizar, resistir, protestar e reivindicar mudança nessa situação. Não são nada bons os exemplos, sejam os do presentes, sejam os do passado, dessas práticas de justiçamento de criminosos, operações ilegais, represálias pura e simples ao crime.

Estes grupos de extermínio às vezes montados pela própria polícia descambam para o crime com grande facilidade, quando já não são cúmplices e parceiros dessas organizações criminosas. Degeneram para estas e para outras de triste memória, que não é nem bom lembrar, como esquadrões da morte, milícias e outras organizações do gênero.


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