Em uma década, o número absoluto de brasileiros com ensino superior passou de 5,5 milhões, em 2000, para 25,5 milhões, em 2010. Em bases percentuais, o país saiu de 2,7% da população com diploma universitário em 2000 para chegar a 13,39% do total em 2010. Também significativa foi a evolução de formados pelas universidades entre a população negra – mostrando a efetividade da política de cotas: eram 790 mil em 2000 e chegaram a 6,2 milhões em 2010. Eles eram 14,6% dos portadores de diploma superior em 2000. Em 2010, eram 24,3%. Os dados foram compilados do censo demográfico do IBGE pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Presidência da República.
Os números impressionam, é verdade. Mas ficam aquém do nosso potencial. O Brasil quer chegar mais longe. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o Plano Nacional de Educação. Do ponto de vista do financiamento do ensino, o item mais importante foi a definição de que dentro de dez anos a verba destinada à educação deverá chegar a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, esta parcela está em pouco mais de 5%. O PNE também estabelece a meta de chegar a 30% dos brasileiros com ensino superior na próxima década.
A aprovação do PNE pela Câmara foi muito importante. Agora, ele será enviado para votação no Senado. A atuação do Legislativo – sempre tão criticado, até achincalhado – neste projeto foi exemplar. Os deputados debateram, fizeram propostas e emendas e definiram nosso principal objetivo estratégico como nação para o próximo período. O PNE garante a continuidade da política ativa do Estado no crescimento da educação. Assim, programas como a interiorização das universidades federais, públicas e gratuitas, Prouni, Fies, entre outros, vão permanecer no cenário e garantir a sequência dos bons resultados até aqui alcançados.
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