sábado, 20 de agosto de 2011

A civilização do futuro


Do final do século XIX aos dias atuais, houve um grande avanço tecnológico. Isso ninguém pode contestar.
O homem venceu os espaços e chegou à lua...
Construiu máquinas capazes de vencer as distâncias entre os continentes, entre as nações.
Descobriu a cura de enfermidades até então tidas como incuráveis. Conseguiu erradicar da face da Terra doenças que dizimavam vidas.
Embora todo o progresso tecnológico conseguido e apesar da possibilidade de comunicação instantânea, o homem não logrou sequer minimizar a saudade, preencher a solidão, acalmar a ansiedade, evitar a dor, a doença e a morte.
Conquanto a humanidade avance a passos largos na conquista de melhores condições de vida, de descobertas científicas, de aperfeiçoamento na produção de alimentos, vestuário, e outras tantas conquistas, não consegue deter a onda de violência que apavora os seres.
Não consegue erradicar o preconceito do coração do homem, a revolta dos povos vencidos, as catástrofes de toda ordem que assolam as nações.
É de nos perguntarmos: por quê?
Por que tanta miséria moral, diante de tantas conquistas intelectuais?
A resposta é simples. Os Benfeitores da humanidade esclarecem em "O Livro dos Espíritos", que o progresso intelectual engendra o progresso moral, mas que o moral nem sempre o segue imediatamente.
É preciso que os povos se tornem civilizados, e não apenas povos esclarecidos.
Na busca desenfreada por melhores condições de vida, no campo material, o homem esqueceu de voltar sua atenção para ele mesmo, enquanto figura principal dessa engenharia toda.
São importantes as conquistas intelectuais, porque as morais devem vir depois.
Homens intelectualmente desenvolvidos, podem melhor compreender o bem e o mal e optar pelo bem. Basta que uma virtude brote nos corações:
a piedade, que é o embrião da caridade. Quando o homem se detiver diante do sofrimento alheio e lutar por solucioná-lo, descobrirá naturalmente o caminho que o conduzirá à felicidade.
Essa é a orientação espírita. Só lograremos a nossa própria felicidade, fomentando a felicidade do próximo.
Se somos todos irmãos, não podemos admitir que sejamos felizes, vendo os demais padecendo fome e frio, sem possibilidades de educação, de crescimento, de um lugar ao sol.
Numa sociedade verdadeiramente civilizada todos terão, pelo menos, o necessário para viver.
E numa sociedade moralizada todos seremos amparados e, solidários, venceremos a solidão, a ansiedade, a dor... Porque vencidas serão as distâncias que separam os seres e os infelicitam.

***

Você sabia que a inteligência é poderoso instrumento para fomentar o progresso da humanidade? Deus quer que as pessoas inteligentes usem-na para o bem de todos e não para esmagar os mais fracos.

E você sabia que por mais inteligente que seja o homem, seu saber tem limites muito estreitos e restritos ao nosso planeta? Por esse motivo ninguém tem o direito de envaidecer-se de sua inteligência, pois a Terra representa um grão de areia diante do Universo infinito.
 

Autor:
Redação do Momento Espírita 

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