Fonte: veja.abril.com.br
Idosas que moram em vizinhanças pobres se saem piores em habilidades como atenção, percepção, memória e raciocínio
Função cognitiva: mulhers que vivem em vizinhanças mais pobres têm habilidades como memória, atenção e percepção diminuídas (Thinkstock)
Mulheres com 65 anos ou mais que vivem em vizinhanças pobres têm maior chance de possuírem uma menor função cognitiva se comparadas com as que vivem em bairros mais ricos. Segundo pesquisa publicada no American Journal of Public Health, vizinhanças com baixo status socioeconômico podem gerar um impacto negativo em funções como a atenção, percepção, memória e raciocínio nesse grupo de mulheres.
Ao contrário de estudos anteriores, a pesquisa não conseguiu encontrar nenhuma correlação entre a baixa função cognitiva e o tempo de moradia de cada mulher. Os pesquisadores também não conseguiram descobrir se os níveis de renda e de educação de cada voluntária haviam fortalecido ou enfraquecido a relação entre o status da vizinhança e a função cognitiva.
O estudo, de autoria da instituição sem fins lucrativos RAND Corporation, ainda revelou que fatores que podem piorar as condições cognitivas no futuro, como saúde vascular, comportamentos de saúde e fatores psicossociais (como depressão) não explicam inteiramente a relação entre o status da vizinhança e a função cognitiva. Embora o estudo não chegue a uma conclusão, vários médicos chamam a atenção para o fato de que pessoas com menos tempo de educação formal têm prejuízos cognitivos durante a velhice.
Durante a pesquisa, foram coletadas informações de 6.137 mulheres de 39 localidades dos Estados Unidos, todas com 65 anos ou mais. Elas receberam um teste padrão que media a função cognitiva por itens que avaliavam memória, raciocínio e funções espaciais. Descobriu-se, então, que aquelas mulheres que moravam em bairros pobres tinham resultados mais baixos nos exames.
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