1/8/2011 13:29,
“Cargos de confiança têm que ser ocupados por funcionários de carreira. Fora daí, tem que ser
exceção e não regra.” Este foi um dos pontos que defendi em entrevista coletiva concedida no seminário que o PT promoveu no fim de semana, em São Paulo. Lembrei que “no nosso governo 2/3 dos cargos de confiança são ocupados por funcionários de carreira e 1/3 por indicações técnicas, mas evidentemente políticas. É lógico. Como é que você vai ter um ministro que não é de partido? Vai nomear um ministro apenas técnico?”.
“Nós mudamos isso no Brasil – destaquei – e não é verdade que nomeamos para 22 mil cargos. 2/3 (dos que nomeamos) são funcionários de carreira e 1/3 nomeados (de fora), o que é normal numa democracia. Fizemos as indicações dos ministros e de alguns mais proximos – o ministro precisa de um entorno. No mundo todo é assim. Nos Estados Unidos, na Alemanha, em outros países. Isso faz parte.”
Aos que continuam a levantar as acusações de aparelhamento da máquina pública, lembrei que “o governo da presidenta nomeia a partir de criterios. Não basta só ser filiado a um partido. Os partidos tem participação definida pelos ministérios. Não se pode querer que os partidos não participem do governo. O que não pode é partidarizar a gestão pública e a burocracia.
“Os partidos existem – destaquei – são constituidos pela sociedade. Está na Constituição, eles elegem e participam dos governos. Agora, participar do governo não significa lotear, e nem indicar quem não tenha qualificação técnica, profissional. Não siginifica que vá fazer fisiologismo e muito menos corrupção. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.É falsa essa idéia, porque os técnicos também tem filiação partidária. 50% da população tem opção político-partidária – não é filiação, tem opção.”
“A partir do 2º e 3º escalões – prossegui – eu defendo o mínimo possivel de cargos nomeados.O problema não é ser do partido (do governo ou não) é se tem qualificação técnica-profissional e se exerce bem o cargo. E o governo tem um programa. Foi o Lula que reintroduziu planos de carreira no funcionalismo. O Brasil estava sendo desmantelado e fomos nós que retomamos a profissionalização do serviço publico brasileiro.”
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