quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Agora somos mais, logo seremos muito mais!



Um olhar rápido sobre o resultado do 1º turno das eleições municipais revela um saldo positivo no que se refere à participação das mulheres no Poder Executivo.
Em 2008, portanto, antes da minirreforma eleitoral que tornou obrigatória a reserva de no mínimo 30% das vagas para a candidatura de um dos gêneros, do total de 15.142 candidaturas, 1.670 era de mulheres concorrendo a uma vaga no Executivo municipal. Já neste pleito, ainda em disputa em alguns municípios, 2.070 mulheres se lançaram candidatas à prefeita, enquanto o número candidatos do sexo masculino foi de 13.691. É óbvio que a diferença entre o número de mulheres e homens que entram na disputa eleitoral é ainda extremamente desigual. Contudo, não há como negar que houve um crescimento na participação do gênero feminino e que esse crescimento tomará uma dimensão muito mais significativa nos pleitos futuros.
Dos municípios onde a eleição foi definida no 1º turno, 621 serão comandados por mulheres, segundo levantamento feito pela imprensa. Elas representam 11,37% dos 5.463 prefeitos já eleitos no Brasil. De acordo com esse mesmo levantamento, a maior parte das eleitas é do PMDB, seguido pelo PSDB,  PT, PSD, PSB e PP. Minas Gerais é o estado brasileiro com maior número de mulheres prefeitas com base nos dados referentes ao 1º turno: 71 de um total de 847.
Quanto ao PT, os dados revelam que o Partido continua em movimento ascendente. De 2008 para 2012 saltou de 565 prefeitos eleitos no 1º turno para 624. O número de mulheres petistas eleitas para ocuparem o principal posto político no município também cresceu: passou de 45 para 69, um aumento de 65%. Em relação ao pleito anterior, os estados do Acre, Alagoas, Amapá e Pernambuco sofreram um retrocesso no que tange à ocupação de vagas nas prefeituras por mulheres. Todos perderam suas representantes. Paraíba, Paraná e São Paulo sofreram uma redução, caindo, respectivamente, de duas para uma prefeitura; de quatro para três, e de cinco para quatro prefeituras comandadas por mulheres. Por outro lado, dos oito estados que atualmente não têm nenhuma mulher petista ocupando o cargo de prefeita, seis conseguiram se superar: Goiás elegeu três mulheres; Maranhão, duas; Mato Grosso, quatro; Piauí, duas; Rio Grande do Norte, três e Rondônia elegeu duas prefeitas. Dentre os demais, o resultado é o seguinte: Bahia ampliou de 11 para 12 o número de prefeituras que serão comandadas por mulheres petistas a partir do próximo ano. No Ceará as prefeituras petistas administradas por mulheres saltou de uma para quatro. Minas registrou um aumento de 50%, passando de 10 para 15. O PT do Mato Grosso do Sul registrou aumento no número de prefeitas de duas para três. O Rio Grande do Sul também registrou um crescimento bastante positivo: de uma para três prefeitas eleitas. Por fim, os estados do Pará e o Rio de Janeiro dobraram o número de prefeitas passando de uma para duas eleitas.  Santa Catarina e Sergipe mantiveram o quadro atual, uma prefeita cada um.
Esses dados só reforçam a nossa certeza de que estamos no caminho certo, a despeito do longo caminho que ainda temos que trilhar. Agora somos mais, logo seremos muito mais.

Laisy Morière é titular da Secretária Nacional de Mulheres do PT

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