A famiglia Mesquita confirmou hoje à tarde a extinção do Jornal da Tarde. Mas, como brinca José Simão, ela “tucanou” a falência. O título da matéria no seu sítio afirma que “Grupo Estado anuncia revisão de portfólio”. A notícia só não é mais grave porque houve reação dos jornalistas e o sindicato da categoria conseguiu assinar um acordo para manter os empregos. A negociação, porém, não elimina as enormes dificuldades da empresa, que afunda em decorrência da explosão da internet, dos graves erros da sua administração e da perda de credibilidade dos seus jornais.
Segundo o sítio, “o Jornal da Tarde deixará de circular por decisão empresarial, tomada para o aprimoramento do foco estratégico do Grupo Estado. A última edição sairá no dia 31 de outubro. A determinação leva em conta o objetivo de investir na marca Estadão com uma estratégia multiplataforma integrada (papel, digital, áudio e vídeo e mobile), para levar maior volume de conteúdo a mais leitores, sem barreira de distância e custos de distribuição”. A famiglia Mesquita não admite, mas a crise está brava no ex-império midiático.
O diretor-presidente da empresa, Francisco Mesquita Neto, explicou que o objetivo é “focar no Estadão, principal marca do Grupo, e investir em uma plataforma digital mais robusta e avançada”. A empresa também anunciou que o Jornal do Carro, “maior sucesso editorial do mercado de automóveis”, passará a circular, a partir de 7 de novembro, encartado no Estadão. “O JT deixará de existir, mas as suas principais contribuições permanecem no seu irmão mais velho, o Estadão”.
“O Estadão é o jornal número um na Grande São Paulo e, com essas mudanças, vai ficar ainda mais forte”, garante Francisco Mesquita Neto. A conferir!
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