O Datafolha acaba de divulgar a sua primeira pesquisa sobre a disputa no segundo turno para a prefeitura de São Paulo. Ela aponta uma vantagem de dez pontos do petista Fernando Haddad sobre o eterno candidato tucano José Serra - 47% contra 37% das intenções de voto. A sempre suspeita "margem de erro" é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esta foi a desculpa apresentada pelo "Datafalha", do mesmo grupo empresarial da Folha tucana, para justificar os estranhos erros das suas sondagens no primeiro turno.
Considerando apenas os votos válidos - quando são excluídos os brancos, nulos e os eleitores indecisos -, a vantagem de Haddad é ainda maior: Ele tem 56% das intenções de votos e Serra aparece com 44%. No primeiro turno, o tucano saiu na frente com uma pequena diferença. Ele obteve 30,75% dos votos válidos, enquanto o petista ficou 28,98% - para o desespero dos "calunistas" da mídia, que diziam que ele também era um "poste" inventado por Lula, e para o descrédito total dos institutos de pesquisa.
A pesquisa Datafalha deve enlouquecer de vez o truculento José Serra. O notívago tucano não vai conseguir dormir até 28 de outubro. Para ele, esta disputa eleitoral é uma questão de vida ou morte. Se perder, será o fim da sua carreira política - inclusive no interior do PSDB, ninho no qual coleciona vários desafetos irados e venenosos. Nas suas primeiras declarações após a apuração dos votos do primeiro turno, Serra já deixou explícito que vai partir para o tudo ou nada, para a baixaria completa. Ele está armado até os dentes.
A vantagem apontada na pesquisa do Datafalha não pode embriagar o comando de campanha de Haddad. Qualquer salto alto nesta curta jornada poderá ser fatal! A polarização política já está dada e o velho dogma marqueteiro - "quem bate, perde" - não serve para nada neste estágio. Serra já anunciou que explorará ao máximo o midiático julgamento do chamado "mensalão do PT" - que parece ter sido feito sob encomenda e cronometrada para a reta final das eleições.
Haddad também já disse que não fugirá do debate sobre a questão ética. A privataria tucana, o mensalão do PSDB de Minas Gerais, a CPI da máfia do Cachoeira, entre outros temas cabeludos, serão muito úteis na guerra que já está sendo travada!
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