FONTE: jornalismob.com
O Dia do Trabalhador, o primeiro dia deste mês, é uma oportunidade importante para refletirmos com mais profundidade sobre um tema fundamental na luta por uma sociedade democrática. A questão do Trabalho é central na busca por emancipação popular frente ao domínio das elites.
A dominação começa justamente na exploração do trabalhador pelos patrões, pelo grande empresariado. Empoderar os trabalhadores é empoderar o povo, e isso só pode acontecer no contexto de momento no Brasil em uma dinâmica que inclua o aprofundamento das lutas e o apoio do poder público a essas lutas. É o que vem acontecendo em outros países da América Latina, com as estatizações recentes na Bolívia e na Argentina e as ocupações de fábricas por trabalhadores venezuelanos, referendadas pelo governo de Hugo Chávez.
A mídia hegemônica brasileira, como parte de seu ideário de defesa do empresariado, ataca os trabalhadores a cada movimento grevista – forma absolutamente legítima de reivindicação – e, na cobertura do 1º de maio, pouco mais fez do que discutir a expansão do mercado de trabalho no país. O debate real que se impõe em um contexto socioeconômico de exploração é sobre a necessidade de que os meios de produção e a terra sejam de propriedade de quem neles trabalha. A lógica capitalista é a lógica da opressão, e tem sua base nessa separação entre trabalhadores e meios de produção, lógica que favorece apenas as elites.
Modificar esse rumo das coisas deve ser o compromisso de todos os que se colocam ao lado dos trabalhadores. O avanço dos direitos pode ser uma importante conquista, mas pode, também, ser apenas instrumento de manutenção da ordem. Depende apenas da atitude que escolhemos tomar a partir de cada avanço conquistado. Aprofundar as lutas é o único caminho aceitável.
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