FONTE: convencao2009.blogspot.com
Cuba e Nicarágua são os únicos países latino-americanos entre os 10 primeiros do mundo com maior participação de mulheres em seus parlamentos nacionais, destacou na última sexta-feira (02) a União Interparlamentar (UI).
O dado foi fornecido na sede das Nações Unidas em uma coletiva de imprensa do presidente da UI, Abdelwahad Radi, o secretário-geral, Anders B. Johnsson e a titular da agência ONU-Mulheres, Michelle Bachelet.
As estatísticas mostram que Cuba ocupa o terceiro lugar entre todas as nações do mundo com mais alta proporção de mulheres em sua Assembleia Nacional, com 45,2 por cento em dezembro de 2011, e a Nicarágua em nono, com 40,2.
Em seguida aparecem Costa Rica em 14º lugar (38,6%), Argentina em 17º (37,4% na Câmara dos Deputados e 38,9% no Senado) e Equador em 22º (32,3%).
O informe da UI destaca o caso da Nicarágua, onde a participação feminina aumentou de 18,5% a 40,2% nas eleições realizadas no ano passado, enquanto que o Peru registrou uma queda de 8,6 pontos nas eleições de 2011.
Por áreas geográficas, a região denominada Américas (América Latina mais Estados Unidos e Canadá) é a primeira quanto à representação feminina nos órgãos legislativos, com 22,7%, à frente da Europa, 22,3%.
Globalmente, as mulheres ocupam 19,7% das cadeiras nas câmaras baixas e 18,7% nas altas, para uma média geral de 19,5%, contra 19¢ em 2010.
Para o secretário geral da UI esse escasso avanço indica que menos de uma em cada cinco cadeiras parlamentares do mundo pertence hoje às mulheres, "uma estatística preocupante e impossível de justificar a esta altura do desenvolvimento humano".
Não obstante, alertou sobre sérios retrocessos registrados no Peru, Emirados Árabes Unidos, Estônia, Zâmbia, Chipre e Egito.
Neste último país a média de mulheres parlamentares se reduziu de 12,7% a dois por cento nas recentes eleições e agora só há 10 mulheres em um parlamento de 508 cadeiras, segundo a UI.
Quanto ao desempenho das mulheres como governantes, a fonte sublinhou que a quantidade de mulheres chefes de Estado duplicou desde 2005 aos dias de hoje enquanto que a proporção de ministras cresceu apenas de 14,2% a 16,7% no mesmo lapso de tempo.
Por sua parte, Bachelet pediu que houvesse maior vontade para resolver o problema da baixa representação das mulheres na vida política, assunto que considerou a brecha mais profunda em matéria de igualdade de gêneros no mundo.
Prensa Latina
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