FONTE: www.spressosp.com.br
Rodas é acusado de usar indevidamente verbas públicas para atacar professores da Faculdade de Direito
Da Redação
O Ministério Público de São Paulo confirmou ontem, 29, que abriu inquérito para investigar o uso indevido de verbas públicas pelo reitor da USP (Universidade de São Paulo), João Grandino Rodas. A denúncia acusa o reitor de utilizar-se de verbas públicas para imprimir e distribuir boletins, onde realizou ataques a professores da Faculdade de Direito, da qual já foi diretor.
O inquérito foi instaurado a pedido da Congregação da Faculdade de Direito, instância que reúne professores, alunos e funcionários da instituição. O pedido foi entregue, em mãos, pelo diretor da São Francisco, Antonio Magalhães Gomes Filho, ao procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, em outubro de 2011.
A investigação está sob responsabilidade da Promotoria do Patrimônio Público e Social, e corre em segredo de Justiça. Futuramente, o inquérito pode levar a uma ação civil pública por improbidade administrativa.
O pedido da Congregação foi uma resposta a dois boletins publicados pela assessoria de imprensa da reitoria da USP. O primeiro boletim acusava o atual diretor da faculdade de direito de descontinuar os projetos desenvolvidos na época em que Rodas dirigia a São Francisco, implicando no “desperdício do dinheiro público”. Dias depois, o reitor da USP publicou novo boletim, onde criticou o Clube das Arcadas, futura associação desportiva de alunos e ex-alunos da faculdade, e também retomou o debate sobre salas financiadas por patronos, que têm como contrapartida o batismo dos espaços com seus nomes. Magalhães apresentou sua defesa aos ataques feitos por Rodas na congregação e recebeu o apoio irrestrito do órgão.
As críticas de Rodas a Magalhães foram o estopim que levou o reitor da USP a receber o título de persona non grata na Faculdade de Direito. Rodas foi o primeiro professor da história da instituição a ganhar a nomeação. Na tarde de ontem, 29, a Congregação analisou um pedido de revogação do título, mas, este foi mantido pelo voto de 24 dos 41 integrantes da máxima instância da São Francisco.
Em nota, a assessoria de imprensa da USP informou que a reitoria já prestou os devidos esclarecimentos ao Ministério Público, demonstrando a regularidade da publicação dos boletins.
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