FONTE: www.zedirceu.com.br
Publicado em 22-Mar-2012
No ano passado, cerca de 87% dos reajustes salariais foram acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), informa o Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômico (DIEESE).
O resultado é menor do que o obtido em 2010, quando o mesmo se deu com 88,2% dos reajustes. O aumento real médio obtido pelos trabalhadores foi de 1,38%, ligeiramente menor do que em 2010, de 1,68%. O grosso dos reajustes acima da inflação se limitou a até 2%: em 62,2% dos acordos os aumentos reais não ultrapassaram esse teto.
Estudos internacionais dão conta, no entanto, que o custo da mão de obra industrial brasileira estaria próximo dos US$ 10 a hora em 2010, em nada comparável com os mais de US$ 43 pagos na Alemanha, ou os US$ 34, nos Estados Unidos. Pelos cálculos do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, a mão de obra brasileira em termos de custo está 28º lugar.
Velha tese
O resultado é menor do que o obtido em 2010, quando o mesmo se deu com 88,2% dos reajustes. O aumento real médio obtido pelos trabalhadores foi de 1,38%, ligeiramente menor do que em 2010, de 1,68%. O grosso dos reajustes acima da inflação se limitou a até 2%: em 62,2% dos acordos os aumentos reais não ultrapassaram esse teto.
Estudos internacionais dão conta, no entanto, que o custo da mão de obra industrial brasileira estaria próximo dos US$ 10 a hora em 2010, em nada comparável com os mais de US$ 43 pagos na Alemanha, ou os US$ 34, nos Estados Unidos. Pelos cálculos do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, a mão de obra brasileira em termos de custo está 28º lugar.
Velha tese
Ainda assim, há quem ainda hoje retome a velha tese sobre os supostos impactos “nocivos” dos salários sobre a economia brasileira, tendo em vista uma alega perda de competitividade, proporcional ao aumento do custo da mão de obra local.
Na prática, a discussão sobre aumentos reais de salários, em média, menores que 2% acima da inflação, é uma mistificação. No mínimo, um equívoco. Isto porque o aumento da produtividade mais do que supera esse ganho, conquistado a duras penas nas negociações salariais. Por outro lado, o nosso salário por hora é, em média, um quarto do pago em países desenvolvidos.
Portanto, no que tange à competitividade da economia brasileira, o que precisamos é de redução do chamado custo Brasil, sem que isso implique em reduzir direitos e conquistas trabalhistas ou encargos sociais. É preciso reduzir os custos financeiro, tributário, de energia, transportes e logística. É necessário, também, aumentar a produtividade e a competitividade de nossa economia via educação e inovação. Estes são os verdadeiros desafios.
É preciso lembrar, também, que, sem aumento da renda e da participação do trabalho na renda nacional não teremos mercado interno para sustentar nosso crescimento num mundo em crise e com baixo crescimento.
Na prática, a discussão sobre aumentos reais de salários, em média, menores que 2% acima da inflação, é uma mistificação. No mínimo, um equívoco. Isto porque o aumento da produtividade mais do que supera esse ganho, conquistado a duras penas nas negociações salariais. Por outro lado, o nosso salário por hora é, em média, um quarto do pago em países desenvolvidos.
Portanto, no que tange à competitividade da economia brasileira, o que precisamos é de redução do chamado custo Brasil, sem que isso implique em reduzir direitos e conquistas trabalhistas ou encargos sociais. É preciso reduzir os custos financeiro, tributário, de energia, transportes e logística. É necessário, também, aumentar a produtividade e a competitividade de nossa economia via educação e inovação. Estes são os verdadeiros desafios.
É preciso lembrar, também, que, sem aumento da renda e da participação do trabalho na renda nacional não teremos mercado interno para sustentar nosso crescimento num mundo em crise e com baixo crescimento.
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