Fonte: www.vermelho.org.br
Até o final deste domingo (5), o contingente de militares das Forças Armadas atuando na Bahia, para garantir a segurança em meio à greve de policiais militares, deverá chegar próximo a 3,5 mil homens, segundo informou o ministro interino da Defesa e comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, após participar da cerimônia de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes.
“As ações do Exército [na Bahia] vão muito bem e, até agora estão muito positivas, com a presença das tropas circulando pela cidade. Cada vez mais tropas chegam e, até o final do dia, estaremos beirando os 3,5 mil militares em processo por via aérea e terrestre. Isso mostra a determinação do governo federal em apoiar o governo da Bahia nas suas necessidades”, disse o general à Agência Brasil. “Nossa ação é a de patrulhamento em conjunto com os policiais militares que não estão de acordo com o movimento, e nossa parte é apoiar o governo do estado, que é que conduz as negociações com aqueles que estão envolvidos no movimento [grevista]”, completou.
As ruas da capital baiana, Salvador, estão sendo patrulhadas por blindados do Exército. A cidade viveu uma onda de violência. Nos seis primeiros dias de greve, 86 pessoas foram mortas em ações de crimes comuns na região metropolitana, contra 42 no mesmo período da semana anterior.
O tenente-coronel Cunha, responsável pelas operações na Bahia, informou que há uma onda de boataria correndo pelo estado. “Um dos problemas maiores [que estamos vivenciando] é a grande onda de boatos, que já estão sendo combatidos com a presença das nossas tropas, além das policias Militar e Civil, para devolver a sensação de segurança e tranquilidade à população”, disse ele à Agência Brasil.
Por determinação do governo federal, 40 homens do Comando de Operações Táticas, a “tropa de elite”, da Polícia Federal (PF) chegaram hoje a Salvador. Eles terão a missão de executar os mandados de prisão expedidos contra integrantes do movimento grevista da Polícia Militar. Os policiais federais também serão responsáveis pela remoção dos detidos para presídios federais.
No início da noite foi desligada a energia elétrica da Assembleia Legislativa, ocupada por PMs grevistas.
O governador do estado, Jaques Wagner afirmou neste domingo: “não vou dar anistia nem negociar com PM bandido”. Na opinião de Wagner, o movimento “é mais um levante do que greve”. O governador se refere aos grevistas que cometeram atos de vandalismo e estão semeando pânico na população. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta segunda (6), reafirmou que o governo estadual não negocia com a entidade que lidera a greve, nem com seu dirigente, Marco Prisco, com ordem de prisão decretada.
O governo estadual propôs um aumento de 6,5% para todas as faixas salariais da categoria e a suspensão imediata da greve para sentar-se à mesa de negociação. A proposta foi recusada pelo comando grevista.
Com agências
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