terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A grande contradição Global e Brasileira


Mais e mais convicção está crescendo, mesmo entre os economistas dominantes e os da linha neo-keynesiana, que estamos perigosamente perto de atingir os limites físicos da Terra. Mesmo com as novas tecnologias, será difícil continuar o projeto de crescimento ilimitado. A Terra não pode mais tolerar isso, e nós temos que mudar de direção.
Economistas como o nosso Ladislao Dowbor, Sachs Ignace, Alier Joan, Herman Daly, Jack Tim, Victor Pedro e muito antes deles, Georgescu-Roegen, incorporar plenamente o momento ecológica no processo de produção. Especialmente o britânico Tim Jack, tornou-se conhecido por seu livro, Prosperidade sem Crescimento, (Prosperidad pecado crecimiento, 2009) e Peter canadense Victor, por seu Gerente Sem crescimento, (Diretor pecado crecimiento, 2008).Ambos têm mostrado que o crescimento da dívida para financiar o consumo privado e público (como os países ricos estão fazendo), exigindo mais energia e maior uso de bens e serviços naturais, não é simplesmente insustentável. 


Ganhadores do prêmio Nobel Paul Krugman e Joseph Stiglitz, porque não incluir explicitamente os limites da Terra em sua análise, cair na armadilha de propor uma maior despesa pública como a solução para a atual crise, supondo que isso vai produzir o crescimento econômico e maior consumo, através do qual as dívidas astronômicas públicas e privadas serão pagos mais tarde.Dissemos muitas vezes já que um planeta finito não pode suportar um projeto dessa natureza, que pressupõe a infinitude dos bens e serviços. Este é um fato estabelecido. 

O que Jack e Victor propõe é «prosperidade sem crescimento». Nos países desenvolvidos, o nível de crescimento já é suficiente para permitir o desenvolvimento de potencial humano, dentro dos limites possíveis do planeta. Assim, o crescimento, o suficiente. O que pode ser buscado é «prosperidade» que significa uma melhor qualidade de vida, de educação, saúde, cultura ecológica, espiritualidade, etc Esta solução é racional, mas que pode causar desemprego, um problema que eles não resolverem bem, sugerindo uma base universal renda e redução da jornada de trabalho. Não haverá solução sem um acordo prévio sobre a forma como estamos indo ter um relacionamento de suporte com a Terra, e sem a definição dos modelos de consumo, de modo que todos possam ter o que é suficiente e decente.
Essa relação se inverte para os países pobres e emergentes. «Crescimento com prosperidade» é necessário. O crescimento é necessário para atender às exigências mínimas dos que vivem na exclusão pobreza, miséria e social. Assegurar suficientes bens indispensáveis ​​e serviços é uma questão de justiça. Mas a prosperidade, que lida com a qualidade do crescimento, deve ser buscada simultaneamente. Um perigo real existe que eles vão cair vítima da lógica de um sistema que induz o consumo cada vez maior, especialmente de bens desnecessários. Limites da Terra seria esticado, que é exatamente o que deve ser evitado. Estamos diante de um círculo vicioso doloroso, que não sabemos como fazer virtuoso, sem pôr em perigo a sustentabilidade da Terra viva.

Esta é a contradição não apenas voltados para o Brasil, mas também a globalização: o crescimento é urgentemente necessária para realizar o que o governo Lula fez, isto é, para garantir o básico, de modo que milhões podem comer e, por meio de políticas sociais, ser incorporados na sociedade. Para as classes que já foram atendidas, menos crescimento e mais prosperidade é necessário: para melhorar a qualidade de vida boa, a educação, menos relações sociais desiguais, e mais solidariedade, a começar com pelo menos entre nós. Mas quem pode convencê-los, se eles são forçosamente controlados pela propaganda que incita a consumir?
Acontece que, até agora, os governos brasileiros e Athor tiveram apenas políticas distributivas: desigual distribuição de recursos públicos. Em primeiro lugar, 140 bilhões de reais foram garantidos para o sistema financeiro para pagar a dívida pública, e, em seguida, para os projetos grandiosos, e apenas cerca de 60 bilhões para as maiorias imensas que só agora são ascendentes.Todos ganham, mas de forma desigual. Tratar desigualmente iguais é uma grande injustiça.Nunca houve políticas redistributivas: tirar dos ricos (através de meios legais) e passá-lo para o mais necessitado. Então haveria equidade. 

O pior é que com a nossa obsessão coletiva de crescimento que estamos minando a vitalidade da Terra. Precisamos de crescimento, mas com uma nova consciência ecológica que pode nos libertar da escravidão da produtividade e consumismo. Este é o nosso grande desafio, à medida que enfrentamos a contradição desconfortável brasileira e mundial.

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