Fonte: www.vermelho.org.br
Aliados nacionais, alguns partidos que fazem parte da base do governo da Dilma Rousseff devem disputar entre si prefeituras de grandes capitais nas eleições municipais deste ano. Além do PT – partido de Dilma –, PCdoB, PMDB, PDT, PSB, PP e PTB deverão se enfrentar em cerca de 17 capitais – em algumas delas, há a probabilidade da disputa envolver duas ou mais legendas.
Em resolução aprovada em dezembro do ano passado, o PCdoB reafirmou a necessidade de impulsionar e sustentar as pré-candidaturas do Partido às prefeituras em 2012. Em entrevista ao Vermelho, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, falou que o Partido tem condições de disputar as eleições majoritárias em 10 capitais. Segundo o dirigente nacional, as candidaturas integram um importante processo de acumulação de forças do Partido. “O PCdoB tem que ficar mais conhecido da população e para isso tem que ter candidatos majoritários. O momento da acumulação de forças, no nível em que o Partido se encontra, são as eleições majoritárias”, afirmou.
Para os comunistas, a orientação do Comitê Central sobre o maior protagonismo do Partido nas eleições majoritárias não significa, em momento algum, o rompimento de importantes alianças nacionais – fundamentais para o êxito do governo Dilma e para as conquistas políticas do povo brasileiro nos últimos anos.
O documento aprovado pela direção nacional partidária ressalta – além da participação das eleições em capitais e cidades de porte médio – a busca por alianças amplas; o apoio das candidaturas majoritárias dos partidos da base aliada; o fortalecimento de chapas próprias às câmaras municipais ou a viabilização de coligações proporcionais que favoreçam a eleição dos candidatos comunistas.
Estados
Nas principais cidades brasileiras os cenários eleitorais ainda estão sendo construídos. A definição oficial das candidaturas será em junho, com as convenções partidárias. No Rio de Janeiro, o apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB) deve ter a adesão dos sete partidos da base do governo federal. Em Belo Horizonte, apesar de um arco de aliança amplo para a reeleição de Márcio Lacerda (PSB), deve haver enfrentamento com o PMDB.
Nas sete demais capitais, há pelo menos dois pré-candidatos da base. É o que ocorre em Vitória. A maioria dos partidos da base está com Iriny Lopes (PT), mas a exceção é o ex-governador Paulo Hartung (PMDB).
Em capitais como São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Recife, o número de candidatos é ainda maior. Na capital paulista, cinco partidos da base têm pré-candidatos: Fernando Haddad (PT), Netinho de Paula (PCdoB), Gabriel Chalita (PMDB), Paulo Pereira da Silva (PDT) e Luiz Flávio D'Urso (PTB).
Em Porto Alegre, a deputada federal Manuela d’Ávila é um dos principais nomes para a sucessão municipal e a disputa também deve envolver aliados.
O maior aliado do PT em âmbito nacional, o PMDB, deve disputar em 21 capitais. É a legenda com o maior número de pré-candidatos, ficando na frente, inclusive, do PT, que trabalha com a possibilidade de lançar 18 nomes.
Apesar disso, o alto número de postulantes causa preocupação ao Planalto. Na última reunião com os dirigentes dos partidos, Dilma disse que nem ela nem o vice Michel Temer (PMDB) iriam se envolver nas campanhas. A orientação é que ministros, o vice e a própria presidente não apoiem um candidato em capitais com conflito na base.
Para o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a falta de acordo não é prejudicial. "É legítimo que na eleição municipal cada partido lance seu candidato, ainda mais em cidades com possibilidade de segundo turno. Isso em nada afetará a base da presidente Dilma, até porque o PT fará uma campanha sem ataques pessoais", afirmou.
Informações da Folha de S. Paulo
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