quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Navegar só é preciso em dúvida




Breve gente seja dúvida.Caros leitores,ouçam aquele que vos fala.De cada 10 televisões no Brasil,8 estão ligadas,sintonizadas na novela das 21h da tão insalubre rede Globo.A ignorância também pode ser atribuída a Nina.Às vezes tenho vontade de cessar a escrita,mas mesmo esta sendo interceptada,o silêncio irá escrever por mim.Na tão libidinosa dúvida,o calar é o magno.Então,que sigamos transitando em vinhos de dúvida como propunha Tchekhov,o vinho e a música sempre funcionaram para mim como um magnífico saca rolhas,dizera tal.

Era para estarmos jubilosos com o fato da Globo está perdendo audiência devido as olimpíadas,todavia a Record é outra igreja.De pouca coisa altera essa deturpação temporária.Sobre as olimpíadas,o Brasil sempre foi isso aí,as confederações,os governos não investem em esportes,apenas em obras vinculadas aos esportes,é mais provável superfaturar dessa forma.

O futebol feminino por exemplo,há 10 anos era algo deplorável.Hoje tem tudo para se fortificar,no entanto não há o interesse das autoridades,então vamos permanecer estagnados e sem olimpíadas,sem um título mundial.

Quanto ao masculino,postei ontem que era provável que o Brasil vencesse a Coréia,o que ocorreu.Todavia acho que perde na final para o México.A seleção Brasileira não tem maturidade tática posto que não há base e como decorrência conjunto,o trabalho implica na individualidade e no drible,fatores que definem um ou outro jogo,raramente uma competição.Lembrando que no primeiro gol do Brasil houve uma falha grotesca do goleirão reserva coreano,o segundo ocorrera por decorrência de uma furada,e o terceiro gol foi consequência de uma sobra.

Podem até faturar o ouro,mas o futebol não me convenceu,esse futebol que robora a estupidez tática e privilegia o individual.Torço para que o Brasil perca tanto as olimpíadas quanto o Mundial,pois com a derrota é mais provável um manifesto geral por parte da população cobrando maior seriedade ao esporte e averiguando os larápios dessas longas obras instauradas devido a esses pífios eventos. 

Ontem,lendo "O velho e o mar",de Ernest Hemingway,me deparei com um nome no qual investigarei,trata-se de Scott Fitzgerald,um escritor americano.

"Reservar o nosso pensamento implica em esperança infinita".

Sim,mas não quer dizer que isso seja abundante.

A esperança é um dos nomes da religião;então é um suplício ao saber. 

Esperança é esperar,e a espera remete ao transcendental,de nada acrescenta.

"A marca de uma inteligência de primeira ordem é a capacidade de ter duas ideias opostas presentes no espírito ao mesmo tempo e nem por isso deixar de funcionar".

Que babaquice.

De certezas estão os idiotas,os sábios estão cheios de dúvidas,Bukowski.

Conceber inteligência como ter apenas duas ideias é submeter-se,logo não ser inteligente.

A dúvida é um dos nomes da inteligência,e filosofia é um sistema de dúvidas,duas tese do ovacionado Borges.

"A vida é todo um processo de demolição.Existem golpes que vêm de dentro,que só se sentem quando é demasiado tarde para fazer seja o que for,e é quando nos apercebemos definitivamente de que em certa medida nunca mais seremos os mesmos".

A vida só é um processo de destruição pelo fato de lutar com a morte,ambas valem o mesmo em matéria de valor,Anaximandro respectivamente.

Quanto a consecução,o Milan Kundera dizia que nunca somos os mesmos quando há platéia.

Vos digo que nunca somos nós mesmos em momento algum posto o enaltecer do devir.

Tudo muda a cada segundo independentemente de qualquer coisa,nada é.

"Cuidado com o artista que também é um intelectual:É o artista que está a mais".

Bela astúcia,já era hora.

O intelecto é consequência da arte.

Artista é indissociável ao termo intelectual,entretanto o artista que se diz intelectual está a mais por ter um princípio ditatorial,e isso é nocivo.

"Os grandes artistas não impõem seus artifícios,estes são sempre secretos",Borges.

"Escrever para o poeta é romper a muralha na qual se esconde algo que sempre esteve lá",Kundera.

"No início você toma uma bebida,depois a bebida toma uma bebida,depois a bebida toma-o a si".

Soa como crítica.

Bukowski nele:Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia a dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.

"Impede que tudo seja igual" já aniquila o Scott,pois o mesmo trata todos de modo igual na tese,sem considerar a diversidade,isso é tolice.

"A genialidade é capacidade de realizar tudo aquilo que existe no pensamento".

Que demarcação,que ineptidão.

Quer dizer que se eu pensar na novela das 21h,na receita da Ana Maria Braga,na dança dos famosos ou em qualquer coisa nesse patamar,estarei sendo genial?

"Talento é quando o atirador atinge o algo que ninguém consegue,genialidade é quando o atirador atinge o alvo que ninguém enxerga",Schopenhauer.

"Sabedoria é fazer tudo aquilo que a maioria não faz",Bukowski.

Pensar todos pensam,duvidar poucos duvidam.

"A vitalidade não se revela apenas na capacidade de persistir,mas também na de começar tudo de novo".

Começar tudo de novo é sempre persistir,nem que seja na mudança,Scott é uma anta.

Persistir nem sempre é vital,entender sim,contudo sem se conformar,sem se submeter e sim lutar e criticar o porquê.

"Não se escreve por se querer dizer alguma coisa,escreve-se porque se tem alguma coisa para dizer".

Limitado,não existem causas finais,Nietzsche.

Escreve-se para o nada.

Nelson Rodrigues:

"Os heróis morrem em combate e não da tempo ao destino de fraga-los na cama ou na cadeira de balanço".

Depende de que combate.

"Todo autocrítico tem a imodéstia de um necrológio redigido pelo próprio morto".

Toda autocritica tem arrogância.Porque são avaliados sempre os mortos.

"O 'homem de bem' é um cadáver mal informado. Não sabe que morreu",do próprio Nelson.

Quem redigi é um outro tipo de morto,o escritor que é morto pelo mundo.O poder tem como intuito sua morte,assim como a religião e outros grupos.

A conclusão é que ele foi arrogante,e ele redigiu na própria tese vivo e morto destruindo a humildade.

É de uma perspicácia imensurável.

Título:Censura atrás de muros.

Em novembros negros transita o silêncio,
abjeto sou e sem pálpebras para o mundo;
compilados sem o exíguo límpido,
sou esquecido em mar profundo.

Um engodo ao saber é cessado com certa intransigência,
então dilaceram a solidão e sua porta;
caçadores de canetas sangrentas,
captando todos em vasta horta.

Matas e matas pegam fogo em vento,
e meu vinho sem alento,
e os concomitantes julgados,
são todos aprovados,
enquanto meros fomentos.
 
Daniel Muzitano.

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