FONTE: www.brasil247.com
Um dos mais ferozes críticos dos governos Lula e Dilma, o deputado federal e presidente do PPS, Roberto Freire, diz ao 247 que a sentença proferida pelo STF contra ex-dirigentes do PT na Ação Penal 470 foi um fato histórico que pode mudar a cultura da nação no que diz respeito a impunidade: “Preferiria não ter que passar por isto. Mas, do ponto de vista democrático, era necessário que acontecesse”
Paulo Emílio_PE247 - Um dos mais ferozes críticos do governo do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal e presidente do PPS, Roberto Freire, diz que a sentença proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra ex-dirigentes do PT na Ação Penal 470, mais conhecida como 'mensalão', foi um fato histórico que pode mudar a cultura da nação no que diz respeito à impunidade. Apesar disto, o parlamentar observa que conviveu com todos os envolvidos ao longo da sua trajetória de militante de esquerda e política e diz que, do ponto de vista pessoal, “preferiria não ter que passar por isto. "Mas do ponto de vista democrático era necessário que isto acontecesse”, disse Freire ao 247.
O presidente do PPS ressalta que embora tenha sido um das vozes mais fervorosas quanto ao julgamento do Mensalão, ele nunca tratou o fato como uma questão pessoal. “Não existe nenhuma questão pessoal com nenhum deles. Convivi com todos e sinto que tenham se envolvido com malfeitos ou bandidagem. Nunca é agradável. A prisão nunca é agradável. Preferia, do ponto de vista pessoal, não ter que passar por isso. Mas do ponto de vista democrático é necessário para fazer valer a lei e as instituições”, disse.
Para o parlamentar, o passado de militantes dos envolvidos, que lutaram diretamente contra a ditadura, é um agravante diante da condenação imposta aos réus. “Sim, de certa forma é um agravante. Eles deveriam ter salvaguardado o nome das esquerdas brasileiras. Isso enxovalha a luta. A esquerda não é corrupta. Corrupto são os que aí estão. Lula é quem enxovalhou a esquerda”, afirmou. Apesar disto, ele garante reconhecer que todos tiveram o seu mérito no combate à ditadura e na luta pela redemocratização do País.
“Eles combatiam um bom combate, lutavam contra a ditadura. Não vou desconhecer isso, ser preso político naquela oportunidade só os dignos podiam ser. Dirceu foi um destes e o Genoíno também. Mas agora lamentavelmente para eles e para todos os que lutaram lá atrás veio uma situação de indignidade sendo presos por um crime comum”, lamentou.
Questionado se o ex-presidente Lula também deveria estar no banco dos réus e o impacto das condenações sobre o PT e o quadro político brasileiro, Freire declarou que “isto tem que ser provado, investigado. Não se pode acusar ninguém sem provas. Mas os fatos aconteceram. O julgamento é emblemático para se mudar a cultura da impunidade. Eles achavam que podiam estar acima da Lei e o julgamento do Mensalão pelo STF provou o contrário. Isto deve repercutir mais à frente em 2014, como repercutiu, em menor escala, nestas eleições”, declarou.
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