FONTE: caduamaral.blogspot.com.br
Que a direita brasileira adota posturas que deixariam o Tea Party – ala conservadora do Partido Republicano dos EUA – com vergonha é algo que não tem complexidade em sua observação. Se puxarmos pela memória e voltarmos meses, lembraremos do debate sobre o kit anti-homofobia realizado na campanha municipal de São Paulo. Se voltarmos dois anos, teremos a eleição presidencial. Isso sem falar em campanhas eleitorais Brasil afora.
Não somente, é bem verdade, o conservadorismo brasileiro se mostra em campanhas eleitorais. Uma pausa para refrescar nossas memórias e percebemos que em nossas telenovelas – tão elogiadas em outros países – não pode exibir beijo gay, mas pode mostrar violência contra homossexuais e mulheres.
As mulheres sempre tem sua sexualidade aflorada para as peças teledramaturgas. Se não for “gostosa” não trabalha. Os homens todos machões.
A operação abafa do suposto caso entre o apresentador Zeca Camargo e o ex-jogador Raí é um exemplo da “virilidade” exigida pelo padrão Globo de qualidade.
Mas a “coisa feita em papel couché” - que alguns chama de Veja – se superou.
Comparar uma relação homo afetiva com relações entre pessoas e cabras é no mínimo doentio. Não é a toa que essa coisa tem as posições políticas que tem.
Não é a toa que pessoas do estirpe de Reinaldo Azevedo escrevem naquilo.
Me recuso a chamá-la de revista.
A “coisa” não serve nem para a cabra que ela cita fazer sua necessidades fisiológicas em cima.
A “coisa” incita golpes; apoia golpes, como os casos de Honduras, Paraguai, Bolívia, Equador, Venezuela; sem falar nas tentativas aqui no Brasil contra Lula. A “coisa” prega o udenismo, onde sua nocividade é mais que conhecida pelo povo brasileiro. A “coisa” mantem relações com bicheiro, é pautada por bicheiro. Usa dessa relação para promover chantagem política. A “coisa” transgride todas as leis possíveis. A “coisa” vive de recurso público para agredir o que é público e a democracia.
A “coisa” só serve como exemplo de como não fazer jornalismo. Um dia estará nos livros de História como o Brasil foi pautado uma publicação com ideais conservadores até mesmo para a Idade Média.
Pelo menos sabemos que quem escreve e quem se pauta por ela são da mesma espécie. O que se chama no nordeste de jumento batizado.
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