terça-feira, 13 de novembro de 2012

Movimentos sociais e estivadores alinham na greve geral

Estivadores manifestam-se à frente da Assembleia da República [LUSA]

Vários movimentos sociais e estivadores vão juntar-se na quarta-feira à manifestação convocada pela central sindical CGTP, em Lisboa, para assinalar o dia da greve geral, noticia a Lusa.

A Plataforma 15 de outubro, os estivadores e os movimentos dos Cidadãos pela Dignidade, Sem Emprego e M12M convocaram, em conjunto, uma manifestação para o dia da greve geral, às 13:00 no Cais do Sodré, «em solidariedade com a luta dos estivadores», juntando-se depois às 14:30, no Rossio, ao protesto convocado pela CGTP.

Também o movimento que «Que se lixe a troika» vai participar na manifestação da central sindical entre o Rossio e a Assembleia da República, organizando ainda, na quarta-feira, um piquete móvel que vai percorrer, desde as 10:00, as ruas de Lisboa.

Está também marcada uma concentração às 14:00 junto à Embaixada de Espanha para demonstrar a solidariedade internacional do protesto.

Em comunicado, o movimento «Que se lixe a troika» refere que «fazer greve no dia 14 de Novembro, além de um legítimo direito dos trabalhadores e trabalhadoras, é uma exigência de cidadania» e «um ato de reflexão, de discussão e de criação de alternativas».

O movimento sublinha também que é preciso fazer «parar este violentíssimo Orçamento do Estado, aprovado por deputados que fogem do povo e proposto por governantes que se escondem do povo que dizem representar».

Os subscritores apelam ainda a todos os portugueses para se manifestarem e para que usem, na quarta-feira, uma braçadeira preta.

A Plataforma 15 de outubro, os estivadores e os movimentos dos Cidadãos pela Dignidade, Sem Emprego e M12M justificam a manifestação em conjunto para protestarem contra o Governo e a troika, que consideram ser os responsáveis pelo desemprego e austeridade.

Para estes movimentos, o dia 14 de novembro «será histórico», tendo em conta que está convocada uma «greve geral internacional para contestar as medidas de austeridade impostas aos povos europeus pela mão da Troika e dos governos nacionais», referem ainda em comunicado.

A greve geral de quarta-feira, convocada pela CGTP, terá impacto em pelo menos 12 distritos do país nos quais estão agendadas 39 concentrações, algumas das quais vão culminar em desfiles de protesto.

Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Açores e Madeira são, de acordo com a informação facultada pela CGTP, distritos onde trabalhadores, desempregados e pensionistas poderão mostrar nas ruas o protesto que levou à marcação da greve geral.

Em Lisboa, está marcada uma concentração para as 14:30, na praça do Rossio.

Contactada pela agência Lusa, a porta-voz da PSP, sub-comissária Carla Duarte, afirmou que o policiamento vai ser reforçado, tendo em conta as anteriores greves e manifestações.

Os elementos da PSP vão dar especial atenção aos locais onde vão afluir mais pessoas em razão dos transportes públicos que vão ser utilizados e as manifestações públicas, adiantou.

Na última greve geral, a 22 de março, elementos da PSP e manifestantes envolveram-se em confrontos, junto à esplanada do café A Brasileira, no Chiado, em Lisboa, após terem sido arremessados vários objetos contra os agentes.

Dois jornalistas, um da agência Lusa e outra da Agência France Presse, ficaram feridos em incidentes com as forças policiais, enquanto recolhiam imagens da manifestação organizada pela Plataforma 15 de Outubro, também no âmbito da greve geral convocada pela CGTP.

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